Ontem, não tive tempo de analisar aqui o diálogo entre o ex-governador Olívio
Dutra e o deputado federal José Genoíno no programa Esfera Pública, da Rádio
Guaíba, que vai ao ar todos os dias 13 às 14 horas, comigo e Taline Oppitz.
Olívio, um petista de verdade
Eu tirei o chapéu para Olívio pela coragem, pela franqueza, pela atitude. Não entrei no mérito da questão. Nem entrarei. Olívio mostrou fibra, ética e coragem: disse a Genoíno que, no seu entender, ele não poderia ter assumido na Câmara dos Deputados estando condenado.
Não interessa saber se Olívio está certo ou errado. Interessa é salientar que ele não se escondeu, não pipocou, não se constrangeu, não se escondeu, não temeu a saia justa. Disse o que pensava.
Criticou os erros do PT, validou o julgamento do STF, afirmou que mesmo o presidente Lula deveria ser mais claro sobre tudo o que aconteceu, reconheceu o mensalão como compra de apoio partidário, não tergiversou, não se calou.
Foi aberto, escancarado, sincero. Eu admiro as pessoas que não recuam. Tem muito gente achando que Olívio fez o jogo da direita, que, mesmo falando a sua verdade, serviu aos interesses dos inimigos, que fez gol contra.
Olívio falou sobre isso. Disse que estava agindo conforme a sua consciência. Genoíno também não se intimidou. Mostrou tranquilidade e e elegância. Garantiu ter tomado posse dentro da lei, reafirmou que se considera inocente, disse ter sido condenado sem provas, que os empréstimos validados com a sua assinatura foram legais e pagos pelo PT, garantiu estar em paz consigo.
Salientou ter recebido carta de apoio do grande intelectual Antonio Cândido, um dos maiores críticos literários da história do Brasil, que está velhinho e sempre foi visto como uma das consciências morais do país.
Poucos petistas ou não petistas fizeram publicamente um balanço dos erros do seu partido tão franco quando Olívio Dutra no Esfera Pública. Poucos políticos foram tão diretos diante de um companheiro de partido.
Uma história resume Olívio e seu jeito de ser: ele lembrou do tempo em que Lula vinha a Porto Alegre, de ônibus, e dormia no seu sofá do seu modesto apartamento no Passo da Areia, onde continua morando. – O apartamento ainda é o mesmo, só o sofá melhorou um pouco – disse.
Olívio Dutra atualizou um velho orgulho gaúcho, o dos políticos honestos, retos, de palavra, os homens do fio de bigode como garantia. E que bigode!
09 de janeiro de 2013
Juremir Machado da Silva
Olívio, um petista de verdade
Eu tirei o chapéu para Olívio pela coragem, pela franqueza, pela atitude. Não entrei no mérito da questão. Nem entrarei. Olívio mostrou fibra, ética e coragem: disse a Genoíno que, no seu entender, ele não poderia ter assumido na Câmara dos Deputados estando condenado.
Não interessa saber se Olívio está certo ou errado. Interessa é salientar que ele não se escondeu, não pipocou, não se constrangeu, não se escondeu, não temeu a saia justa. Disse o que pensava.
Criticou os erros do PT, validou o julgamento do STF, afirmou que mesmo o presidente Lula deveria ser mais claro sobre tudo o que aconteceu, reconheceu o mensalão como compra de apoio partidário, não tergiversou, não se calou.
Foi aberto, escancarado, sincero. Eu admiro as pessoas que não recuam. Tem muito gente achando que Olívio fez o jogo da direita, que, mesmo falando a sua verdade, serviu aos interesses dos inimigos, que fez gol contra.
Olívio falou sobre isso. Disse que estava agindo conforme a sua consciência. Genoíno também não se intimidou. Mostrou tranquilidade e e elegância. Garantiu ter tomado posse dentro da lei, reafirmou que se considera inocente, disse ter sido condenado sem provas, que os empréstimos validados com a sua assinatura foram legais e pagos pelo PT, garantiu estar em paz consigo.
Salientou ter recebido carta de apoio do grande intelectual Antonio Cândido, um dos maiores críticos literários da história do Brasil, que está velhinho e sempre foi visto como uma das consciências morais do país.
Poucos petistas ou não petistas fizeram publicamente um balanço dos erros do seu partido tão franco quando Olívio Dutra no Esfera Pública. Poucos políticos foram tão diretos diante de um companheiro de partido.
Uma história resume Olívio e seu jeito de ser: ele lembrou do tempo em que Lula vinha a Porto Alegre, de ônibus, e dormia no seu sofá do seu modesto apartamento no Passo da Areia, onde continua morando. – O apartamento ainda é o mesmo, só o sofá melhorou um pouco – disse.
Olívio Dutra atualizou um velho orgulho gaúcho, o dos políticos honestos, retos, de palavra, os homens do fio de bigode como garantia. E que bigode!
09 de janeiro de 2013
Juremir Machado da Silva
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