Favor não
confundir prostituta que aprende a falar
inglês com especialista em sexo oral. |
Apesar de já
contar com 80 candidatas inscritas, a data ainda não é certa em função da
seleção de professores, que devem estar preparados para adaptar ao idioma
tupiniquim todos os tipos de fetiches, segundo explica Cida Vieira, presidente
da entidade, que está localizada na Rua Guaicurus, 268, ao lado do Hotel
Brilhante, um dos pontos de maior rotatividade de clientes do Centro de Belo
Horizonte, região onde está sendo erguido o maior hotel voltado para o Mundial
do ano que vem.
Os clientes
pedem que a gente pise no pescoço deles e eles adoram”, conta Cida Vieira, que
ainda não leu a trilogia famosa. “Não tive tempo, mas já me contaram do que se
trata”, diz ela, que oferece o programa com fetiche a R$ 150, cinco vezes mais
em relação ao trivial de R$ 30, com duração de 20
minutos.
“Só sei falar
money, good morning e good evening em inglês. Vou ser uma das alunas do curso”,
admite a presidente da entidade, vacilando na pronúncia do boa-noite. Para Cida
Vieira, assim como todos os setores da economia estão se movimentando para a
Copa do Mundo de 2014, não poderia ser diferente com as profissionais do sexo.
“O inglês é importante não só para a Copa, mas também para a vida. Todos os dias
atendemos aqui italianos. Também já recebi canadenses. Na nossa profissão, o
diálogo é essencial”, conta.
“Quem tem boca
vai a Roma”, reza o antigo ditado. E vai também à Espanha, Estados Unidos,
Austrália e Portugal. “Permita-me unas copas?”, arrisca um portunhol a loura
Patrícia, de 47 anos, natural do Rio Grande do Sul, mas que trabalha na
Guaicurus desde os 18.
Já conheceu parte do mundo com o dinheiro arrecadado nos
programas e sabe “se virar” em diversas línguas. “Sei falar bem o português de
Portugal, porque morei dois anos por lá. Arrebentei ganhando R$ 100 mil em um
bingo e fui ficando.
Do alto de sua
experiência, Patrícia pretende se aposentar no ano da Copa no Brasil. “Vai ser
muita encheção de saco, vai dar muita polícia”, questiona. Já a colega Bruna, de
18 anos, está entusiasmada com os novos mundos que podem se abrir com a chegada
do Mundial. “Os estrangeiros devem ser mais educados que os brasileiros, devem
tratar a gente melhor”, confessa a menina, que ainda não completou um mês na
nova carreira.
Com segundo grau completo, ela conta que gosta de estudar e tem
facilidade de aprender. Entrou nesta vida porque tem duas filhas para sustentar,
uma de 2 anos e outra de 8 meses. “Meu sonho é conhecer um japonês e me
apaixonar”, revela.
Velha de
guerra, Daniela já se inscreveu no curso de inglês oferecido pela entidade de
classe. Com os cabelos longos e negros, pele cor de canela, ela se comunica por
meio da internet com um irmão na Itália, um amigo nos EUA e quatro amigos
virtuais na Turquia.
De certa forma, sabe trocar palavras em turco, que vai
traduzindo pela ferramenta de tradução do Google. Ti voglio bene, comprova ela,
tímida, mostrando na prática o que disse a ela recentemente a sobrinha de 2
anos, que mora na Itália.
Informações de
Correio Braziliense
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