Não se pode sustentar que tais
manobras serão fáceis ou difíceis, ou mesmo se fazem sentido, já que Eduardo
Campos pode ter sido tocado pela mosca azul, ensejando a tentativa de voo solo
no rumo do Planalto.
Aliados ou adversários???
Mas, sem dúvida, como disse em artigo recente, parece cedo para uma arrancada sua. Em primeiro lugar, teria que renunciar ao governo estadual até abril do ano que vem. Em segundo, embora no PSB, seu partido, como diz a matéria, haja adeptos de uma candidatura própria, governadores e prefeitos do Partido Socialista empenham-se por manter bom relacionamento político com o governo e, claro, com a atual e o ex-presidente da República. Difícil uma ruptura com o Planalto, sobretudo quando a legenda ocupa dois ministérios.
ALCKMIN
Mas eu disse que as articulações começavam. Na mesma página, Sílvia Amorim acentua que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, inicia uma reforma do secretariado para assegurar apoio à sua candidatura à reeleição.
Até representantes de partidos que formam na base da presidente Dilma estão cogitados. Anunciando ser candidato ao executivo paulista em 2014, Alckmin, ao tentar incluir aliados que integram o esquema do governo federal, afasta-se totalmente de José Serra e acena com a hipótese de um distanciamento tático em relação a Aécio Neves.
Pelo menos, na largada para 2014, ele revela pouco entusiasmo em favor do senador mineiro, demonstrando que, evidentemente , como aliás é natural, preocupa-se mais consigo mesmo. O atual governador tem vínculos e compromissos com o DEM e o PTB, mas o fato é que a vitória de Fernando Haddad para a Prefeitura da capital estabelece uma nova perspectiva para o titular do Palácio dos Bandeirantes, uma nova leitura do quadro político partidário estadual.
Fernando Haddad terá que definir seu apoio a alguma candidatura do PT, mais provavelmente, neste momento, a senadora Marta Suplicy. A definição do prefeito é importante no que se refere à correlação de forças. No sentido das urnas.
PLANO NACIONAL
Impossível que o quadro paulista não tenha reflexo no plano nacional. Até porque São Paulo é o maior colégio eleitoral do país, pesando de 20 a 22% do eleitorado. Em seguida vem Minas e o Rio de Janeiro.
Vale acentuar que, até hoje, pelo menos da redemocratização de 45 para cá, ninguém chegou à presidência da República sem vencer em São Paulo ou Minas Gerais. O exemplo não inclui o Rio de Janeiro, pois em 89 Leonel Brizola venceu aqui mas perdeu para Lula, por um ponto percentual (15 a 16%) a chance de disputar o segundo turno com Fernando Collor.
E por falar em São Paulo, Minas e Rio de Janeiro, não parece muito provável a penetração de Eduardo Campos nesses três estados, principais colégios eleitorais, redutos de votos do país. De qualquer forma o movimento começou.
E sempre é importante que isso aconteça, apesar de nos encontrarmos num espaço de pré definições e pré compromissos. São Palavras. E palavras o vento leva. Mas deixa sempre um esboço de possibilidade.
11 de janeiro de 2013
Pedro do Coutto
Aliados ou adversários???
Mas, sem dúvida, como disse em artigo recente, parece cedo para uma arrancada sua. Em primeiro lugar, teria que renunciar ao governo estadual até abril do ano que vem. Em segundo, embora no PSB, seu partido, como diz a matéria, haja adeptos de uma candidatura própria, governadores e prefeitos do Partido Socialista empenham-se por manter bom relacionamento político com o governo e, claro, com a atual e o ex-presidente da República. Difícil uma ruptura com o Planalto, sobretudo quando a legenda ocupa dois ministérios.
ALCKMIN
Mas eu disse que as articulações começavam. Na mesma página, Sílvia Amorim acentua que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, inicia uma reforma do secretariado para assegurar apoio à sua candidatura à reeleição.
Até representantes de partidos que formam na base da presidente Dilma estão cogitados. Anunciando ser candidato ao executivo paulista em 2014, Alckmin, ao tentar incluir aliados que integram o esquema do governo federal, afasta-se totalmente de José Serra e acena com a hipótese de um distanciamento tático em relação a Aécio Neves.
Pelo menos, na largada para 2014, ele revela pouco entusiasmo em favor do senador mineiro, demonstrando que, evidentemente , como aliás é natural, preocupa-se mais consigo mesmo. O atual governador tem vínculos e compromissos com o DEM e o PTB, mas o fato é que a vitória de Fernando Haddad para a Prefeitura da capital estabelece uma nova perspectiva para o titular do Palácio dos Bandeirantes, uma nova leitura do quadro político partidário estadual.
Fernando Haddad terá que definir seu apoio a alguma candidatura do PT, mais provavelmente, neste momento, a senadora Marta Suplicy. A definição do prefeito é importante no que se refere à correlação de forças. No sentido das urnas.
PLANO NACIONAL
Impossível que o quadro paulista não tenha reflexo no plano nacional. Até porque São Paulo é o maior colégio eleitoral do país, pesando de 20 a 22% do eleitorado. Em seguida vem Minas e o Rio de Janeiro.
Vale acentuar que, até hoje, pelo menos da redemocratização de 45 para cá, ninguém chegou à presidência da República sem vencer em São Paulo ou Minas Gerais. O exemplo não inclui o Rio de Janeiro, pois em 89 Leonel Brizola venceu aqui mas perdeu para Lula, por um ponto percentual (15 a 16%) a chance de disputar o segundo turno com Fernando Collor.
E por falar em São Paulo, Minas e Rio de Janeiro, não parece muito provável a penetração de Eduardo Campos nesses três estados, principais colégios eleitorais, redutos de votos do país. De qualquer forma o movimento começou.
E sempre é importante que isso aconteça, apesar de nos encontrarmos num espaço de pré definições e pré compromissos. São Palavras. E palavras o vento leva. Mas deixa sempre um esboço de possibilidade.
11 de janeiro de 2013
Pedro do Coutto
Nenhum comentário:
Postar um comentário