O acionamento das
usinas térmicas para compensar o baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas
está provocando perdas de R$ 240 milhões a R$ 330 milhões por mês para a
Petrobras com a comercialização de gás, segundo cálculos das consultorias Gas
Energy e do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), respectivamente. O valor
considera a diferença do preço do gás natural liquefeito (GNL) importado e o
valor que a estatal recebe das térmicas pelo produto.
A Petrobras tem
contratos firmes com as usinas que a obriga a entregar esse gás a um preço menor
do custa hoje a ela no exterior diz Adriano Pires, diretor do Cbie. É grave
porque a Petrobras já sofre com a defasagem da gasolina.
O GNL é importado
dos Estados Unidos, Qatar e Trinidad e Tobago.
Segundo o CBIE, a
Petrobras paga pelo GNL no mercado internacional US$ 13 por milhão de BTU
(unidade de referência térmica do setor). O problema é que a estatal recebe de
US$ 4 a US$ 5 por milhão de BTU vendido às usinas térmicas. Ou seja, um prejuízo
de até US$ 8 por milhão de BTU. Nas contas da Gas Energy, a Petrobras paga US$
18 no exterior e recebe US$ 12 das usinas térmicas.
Os preços
internacionais do gás estão em alta neste momento devido ao rigoroso inverno do
Hemisfério Norte.
Para chegar aos
valores, as consultorias consideraram que os terminais de GNL da Petrobras
operam a 100% da capacidade, de 21 milhões de metros cúbicos por
dia.
Com o temor das
perdas, as ações da Petrobras PN caíram 2,89% e os papéis ON, 2,85%. Em nota, a
Petrobras disse que é incorreto dizer que há perdas e que se deve avaliar o
negócio num horizonte compatível com a duração dos contratos de 15 a 20 anos.
camuflados
11 de janeiro de 2013
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