Ipanema não chega aos 50 mil habitantes e tem 1,4 km2 o que dá 36 mil habitantes por km2. Ontem, o bloco “AfroReggae” desfilou pela rua da praia com 150 mil pessoas. Supondo-se que 20 mil residentes tenham viajado no Carnaval, Ipanema ficou com 180 mil pessoas, ou seja, 128 mil pessoas por km2.
Aliás, o que é que o
AfroReggae tem a ver com Ipanema?
Ora, um bairro cuja
infraestrutura já não é suficiente para os seus 50 mil habitantes –
engarrafamentos, vazamentos de esgoto, metrô cheio já são normais em dias
normais – imaginem o caos com, de repente, três vezes isso, e nas ruas, onde mal
cabem os carros.
Se os que vêm para cá ainda
fossem educados, se a prefeitura desse estrutura logística e sanitária e se a
Comlurb fizesse seu serviço a contento ainda seria pouco. O fato é que Ipanema
não comporta isso. Quem paga o IPTU mais caro do Rio não merece esse tipo de
tratamento, nem que seja por quatro ou cinco dias.
O resultado é uma fedentina de
dar dó, uma sujeira digna dos piores lixões, um inferno de de barulho, mendigos,
ladrões e catadores de lata a se confundir na porta dos nossos prédios, gente
aos montes acampada na praia defecando por todo canto e, last, but not least,
uma orgia de viados a fazerem sexo a céu aberto para quem quiser
ver.
Aos que acham que sou
preconceituoso com gente de baixo nível e com viados, eu convido que venham para
cá, não só para pular nos blocos, mas para presenciar também o “final de feira”
onde bêbados urinam e vomitam por todo lado e as bonecas, também bêbadas que,
além de urinar e vomitar, satisfazem-se sexualmente como cadelas vira-latas no
cio: na rua.
E, é claro, viver o day after de quem quer dar um mergulho no mar
de Ipanema e acaba dando um “merdulho”, de tanto lixo que tem na praia, fora o
que tem que passar até chegar lá.
Com todo o respeito: Eduardo
Paes, vá à merda! Ou melhor, venha a Ipanema.
12 de fevereiro de 2013
Ricardo Froes
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