A AES, multinacional que comprou a Eletropaulo, sem colocar um centavo, deixa rombo bilionário. O Brasil pagará a conta. Ela recebeu dois empréstimos do BNDES, que totalizam US$ 1,2 bilhão. Não pagou, ofereceu em garantia as ações da própria Eletropaulo, que não valem um terço disto.
A AES afirmou que pagaria com os lucros da empresa, conseguidos por uma administração privada, portanto eficiente, e para acabar com o "cabide de empregos" da estatal demitiu 7 mil, mas contratou 17 vice-presidentes, quase todos americanos, com salário superior a R$ 30 mil, casa, carro, e uma série de outros benefícios.
A eficiência da administração privada era ilusão. Apenas eficiente a generosidade com os sócios controladores; as remessas de dividendos chegaram a US$ 320 milhões em três anos, às custas do caixa da empresa.
O caso Eletropaulo foi o exemplo das falhas da fúria da privatização/desnacionalização do FHC, em que se misturam traição e incompetência. A empresa será retomada, mas um novo leilão, agora pelo PT, já foi marcado pela venalidade. O BNDES recebeu orientação para emprestar recursos, novamente para um comprador estrangeiro.
Esta empresa distribuiu aos sócios resultados reais e fictícios. Nada contra as empresas privadas, mas dessa forma? O atual governo, neste ponto, precisa ser diferente do entreguista FHC e do covarde Lula. Há que apoiar os empresários nacionais e as empresas nacionais de capital nacional, mesmo amargando algum prejuízo.
Se temos empresários nacionais excessivamente ambiciosos, os estrangeiros se revelam verdadeiros bandidos, pelo menos no nosso território.
12 de fevereiro de 2013
Gelio Fregapani
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