Já virou rotina. O senador Fernando Collor (PTB-AL) tem usado sistematicamente a tribuna da Casa para atacar o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Nas últimas semanas, resolveu criticar a compra de 1.200 tablets pela PGR, alegando que a instituição cometeu irregularidade ao definir a Apple como fornecedora dos produtos.
Em mais um ataque de fúria, Collor retomou a carga nesta terça-feira, desta vez com ofensas: “Cale a boca e espere o TCU (Tribunal de Contas da União) dar a palavra final, pois somente ele é o órgão capaz de técnica e juridicamente dizer se o senhor prevaricou mais uma vez ou não, se o senhor agiu com improbidade administrativa ou não, se cometeu mais um ilícito para acrescentar ao seu portfólio criminoso ou não”, discursou, no mesmo dia em que foi eleito para presidir a poderosa Comissão de Infraestrutura do Senado.
Na semana passada, Gurgel chamou de “risível” a acusação de Collor, que conseguiu que o Senado aprovasse um requerimento pedindo que o Tribunal de Contas da União investigue a compra.
O tempo parece ter ensinado pouco ao único presidente da República cassado por corrupção no país.
27 de fevereiro de 2013
Gabriel Castro - Veja
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