PSD começa a oficializar apoio a Dilma para 2014
Apoio a Dilma garante a Kassab espaço no eventual segundo mandato da petista (Juca Varella/Folhapress)
O PSD deu nesta quarta-feira o primeiro passo para embarcar oficialmente no governo da presidente Dilma Rousseff. O partido do ex-prefeito Gilberto Kassab iniciou, em Brasília, uma série de consultas aos diretórios estaduais a respeito do apoio à reeleição da presidente em 2014. Três representações já se declararam a favor do apoio: as da Bahia, Rio Grande do Norte e Rondônia.
As consultas devem prosseguir nas próximas semanas. Oficializado o apoio, o partido reforça a expectativa de receber um espaço na Esplanada dos Ministérios – embora Kassab negue a pretensão. "Essa reunião foi o início do processo de consulta que a direção nacional do partido faz em todos os estados", disse ele, após o encontro.
"O partido não procura vantagem, procura o que é melhor para o Brasil. O partido discute nesse momento a nossa decisão para 2014. Todos sabem que, em relação à presença (no governo) e à votação dos parlamentares, existe uma relação de total independência do governo", disse Kassab.
O ex-prefeito ainda aproveitou para garantir que o PSD não aceita toma-lá-dá-cá:
"Nós queremos deixar claro à nação brasileira que o partido em nenhum momento vai vincular a sua decisão à participação no governo. Isso é uma prática velha da política que nós queremos que seja página virada".
A oficialização do apoio à presidente Dilma em 2014 garante ao PSD a condição de aliado de primeira hora, o que pode se traduzir em um espaço significativo no eventual segundo mandato da petista.
Mas a parceria com o PT é restrita: o secretário-geral do partido, Saulo Queiroz, afirma que o apoio aos petistas não será automático: "O alinhamento com a reeleição da presidente Dilma não significa alinhamento com o PT nos estados", disse ele nesta quarta.
Governo paulista – Também durante a reunião, a prefeita de Ribeirão Preto, Darcy Vera, defendeu que Kassab seja lançado candidato ao governo de São Paulo em 2014. Aos jornalistas, o presidente do PSD não descartou a hipótese: "Haverá um esforço, sim, para que o partido tenha um candidato a governador. Mas também temos outros nomes", disse ele.
27 de fevereiro de 2013
Veja Online
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