"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 11 de março de 2013

A VERDADE REVELADA PELA FOTOGRAFIA

VENEZUELA: Vejam a foto e me digam se militares de um país democrático fariam essa saudação com o punho levantado



Chefes militares venezuelanos, tendo à frente o ministro da Defesa, almirante Diego Molero Bellavia, fazem a saudação com o punho levantado (Foto: Telesur / AFP)
 
Depois de anunciar ontem que os militares venezuelanos cumprirão a Constituição chavista — como se, num país democrático, fosse preciso militares “anunciarem” que farão sua mais elementar obrigação –, o ministro da Defesa da Venezuela, almirante Diego Alfredo Molero Bellavia, encabeçou uma saudação ao falecido caudilho Hugo Chávez levantando o punho ao alto, no velho estilo comunista do século passado.
Os demais chefes militares que o circundavam no pronunciamento feito pela TV fizeram o mesmo.
Vocês já imaginaram oficiais-generais franceses, australianos ou canadenses fazendo isso?
E nem é preciso ir tão longe: se chefes militares brasileiros agissem assim, o mundo viria abaixo — e com razão.
Esta é a Venezuela “democrática” que o chavismo legou.
Ah, enquanto anunciava o cumprimento da Constituição, o almirante Molero Bellavia deslocou tropas para as ruas de Caracas, por solicitação do vice-presidente Nicolás Maduro, sob o pretexto de “manter a ordem”.
Para isso não existe a polícia?
11 de março de 2013
*Ricardo Setti

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