Ao contrário do cenário nacional, no qual os presidenciáveis de 2014 já estão
praticamente definidos – Aécio Neves (PSDB), Marina Silva (Rede), Dilma Rousseff
(PT) e, talvez, Eduardo Campos (PSB) -, em Minas Gerais tudo ainda é provisório
por três motivos básicos: não há candidaturas naturais com grande potencial; é
prematuro cravar um nome agora, sendo o mais prudente esperar os arranjos
nacionais; quanto mais a indefinição for arrastada, maior poder de barganha
ganham os partidos periféricos.
Mesmo assim, nesta semana, PMDB e PP deram os primeiros passos para a disputa ao governo do Estado com o lançamento informal de seus respectivos pré-candidatos.
O PMDB apresentou o senador Clésio Andrade, presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), enquanto o PP lançou o vice-governador Alberto Pinto Coelho, ex-presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
No entanto, ainda não dá para bancar o nome dos dois como candidatos certos em 2014, justamente porque suas pré-candidaturas foram colocadas nas ruas mais para marcar posição e preencher esse vácuo de lideranças no Estado.
No caso do PMDB mineiro, recentemente contemplado com um ministério pela presidente Dilma, a pré-candidatura de Clésio parece servir mais como uma garantia contratual, bem ao estilo do partido.
Em outras palavras, se o PMDB apoiar o ex-prefeito e hoje ministro Fernando Pimentel para governador (ele é o pré-candidato do PT), os peemedebistas terão de ser recompensados, por exemplo, com uma candidatura única da aliança para o Senado e também com a manutenção dos privilégios em nível nacional. Caso o PT faça corpo mole ou mostre resistência ao acordo, a candidatura de Clésio ao governo já está posta e será levada a cabo.
FACA NO PESCOÇO
No caso do PP, a pré-candidatura de Alberto Pinto Coelho não é uma faca no pescoço do PSDB, mas também já é um aceno claro sobre a intenção e o desejo da sigla de querer o apoio dos tucanos – leia-se Aécio Neves e Antonio Anastasia – para a candidatura do atual vice.
E pesa a favor do ex-presidente da Assembleia a ausência de outro nome no campo da situação para fazer-lhe sombra.
O único fator ameaçador à consolidação da candidatura de Alberto Pinto Coelho é o enigma PSB – aliado instável em nível nacional do PT e, regionalmente, fiel ao PSDB.
Uma possível candidatura do atual prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, embolaria todo o universo das alianças locais e poderia roubar do PP a preferência dos tucanos em Minas.
O PT, após uma imensa e danosa divisão dentro da legenda no Estado nos últimos anos, é quem tem hoje o quadro mais sólido. Pimentel ainda não evidenciou seu desejo de ser governador, mas, além de ser o único nome da sigla com viabilidade eleitoral, começou nessa semana, a aparecer como garoto-propaganda do partido em inserções na televisão.
Sejam quais forem os candidatos, a eleição em Minas, em 2014, está em aberto.
30 de março de 2013
Murilo Rocha
Mesmo assim, nesta semana, PMDB e PP deram os primeiros passos para a disputa ao governo do Estado com o lançamento informal de seus respectivos pré-candidatos.
O PMDB apresentou o senador Clésio Andrade, presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), enquanto o PP lançou o vice-governador Alberto Pinto Coelho, ex-presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
No entanto, ainda não dá para bancar o nome dos dois como candidatos certos em 2014, justamente porque suas pré-candidaturas foram colocadas nas ruas mais para marcar posição e preencher esse vácuo de lideranças no Estado.
No caso do PMDB mineiro, recentemente contemplado com um ministério pela presidente Dilma, a pré-candidatura de Clésio parece servir mais como uma garantia contratual, bem ao estilo do partido.
Em outras palavras, se o PMDB apoiar o ex-prefeito e hoje ministro Fernando Pimentel para governador (ele é o pré-candidato do PT), os peemedebistas terão de ser recompensados, por exemplo, com uma candidatura única da aliança para o Senado e também com a manutenção dos privilégios em nível nacional. Caso o PT faça corpo mole ou mostre resistência ao acordo, a candidatura de Clésio ao governo já está posta e será levada a cabo.
FACA NO PESCOÇO
No caso do PP, a pré-candidatura de Alberto Pinto Coelho não é uma faca no pescoço do PSDB, mas também já é um aceno claro sobre a intenção e o desejo da sigla de querer o apoio dos tucanos – leia-se Aécio Neves e Antonio Anastasia – para a candidatura do atual vice.
E pesa a favor do ex-presidente da Assembleia a ausência de outro nome no campo da situação para fazer-lhe sombra.
O único fator ameaçador à consolidação da candidatura de Alberto Pinto Coelho é o enigma PSB – aliado instável em nível nacional do PT e, regionalmente, fiel ao PSDB.
Uma possível candidatura do atual prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, embolaria todo o universo das alianças locais e poderia roubar do PP a preferência dos tucanos em Minas.
O PT, após uma imensa e danosa divisão dentro da legenda no Estado nos últimos anos, é quem tem hoje o quadro mais sólido. Pimentel ainda não evidenciou seu desejo de ser governador, mas, além de ser o único nome da sigla com viabilidade eleitoral, começou nessa semana, a aparecer como garoto-propaganda do partido em inserções na televisão.
Sejam quais forem os candidatos, a eleição em Minas, em 2014, está em aberto.
30 de março de 2013
Murilo Rocha
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