"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 14 de abril de 2013

INFLAÇÃO DA CESTA BÁSICA É A MAIOR EM 10 ANOS E CORRÓI SALÁRIO MÍNIMO

 
O aumento dos preços da cesta básica voltou a corroer o poder de compra das pessoas que ganham o salário mínimo, invertendo uma tendência que marcou quase todo o período do governo Lula e o início da gestão Dilma.

Nos 12 meses encerrados em março, o valor da cesta básica nas principais capitais teve a maior alta dos últimos dez anos. Em São Paulo, subiu 23,1%, segundo o Dieese. No Rio, aumentou 22,7%; em Brasília, 22,5%, e em Salvador, 32,6%. Já o salário mínimo avançou apenas 9% no período.

Até então, o que vinha ocorrendo era o inverso: o salário mínimo ganhava poder de compra em cima da cesta básica ano após ano, com exceção de uma pequena perda em 2010, mais do que compensada em 2011 e 2012.

O gráfico abaixo deixa isso claro. Mostra qual a parcela do salário mínimo, em termos porcentuais, que fica comprometida com os produtos da cesta básica. Em março de 2003, por exemplo, essas mercadorias consumiam 91% do mínimo em São Paulo. A proporção foi caindo sistematicamente até chegar a 48% no ano passado.



Nos últimos 12 meses, no entanto, houve uma alta significativa, e a proporção subiu para 54%. Em outras palavras, ao contrário do que ocorria no ano passado, hoje o salário mínimo deixou de ser suficiente para comprar duas cestas básicas.

No ano que vem, o aumento do mínimo deve ser menor, porque seu cálculo que leva em conta o PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes. Em 2014, o reajuste vai se basear no crescimento econômico de apenas 0,9% registrado em 2012.


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14 de abril de 2013
Sílvio Guedes Crespo - UOL

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