"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 14 de abril de 2013

NA MADRUGADA DESTE DOMINGO, O PUGILISGTA DEPORTADO POR TARSO GENRO NOCAUTEOU A DITADURA CUBANA E SEUS SABUJOS BRASILEIROS

 

O que se viu num ringue em Nova York, na madrugada deste domingo, foi muito mais que um grande combate pela unificação do título mundial da categoria supergalos.
Quem assistiu à luta no Radio City Music Hall em que o cubano Guillermo Rigondeaux derrotou o filipino Nonito Donaire testemunhou, sobretudo, o triunfo de um homem livre sobre a ditadura dos irmãos Castro e seus sabujos em ação no Brasil.
Ao fim de 12 assaltos, Donaire perdeu por pontos. Tarso Genro e o governo Lula foram nocauteados mais uma vez

Em agosto de 2007, depois de fugirem do alojamento dos atletas cubanos que participavam dos Jogos Panamericanos do Rio, Rigondeaux e o também pugilista Erislandy Lara tentavam alcançar a Alemanha e a liberdade quando descobriram que o ministro da Justiça do Brasil era um capitão-do-mato a serviço de Fidel Castro.
Capturados pela Polícia Federal, ambos foram devolvidos à ilha-presídio a bordo de um avião militar venezuelano.

“Eles quiseram voltar”, mentiu Tarso Genro. A falácia abençoada pelo presidente Lula foi implodida em janeiro de 2009 pela segunda e bem sucedida fuga das duas vítimas da política externa da canalhice.
“Enquanto ficamos na polícia, fomos proibidos de conversar com jornalistas ou advogados”, disse Erislandy Lara ao finalmente desembarcar na Alemanha.
Até a chegada do avião emprestado por Hugo Chávez, os carcereiros procuraram alquebrar moralmente os cativos com informações aflitivas e promessas falsas.

Souberam, por exemplo, que Fidel Castro os havia rebaixado a “traidores da pátria”, que alguns parentes já tinham sido demitidos e que seus amigos estavam sitiados por ameaças de morte.
Mas o ditador colérico agiria com magnanimidade, e revogaria todos os castigos, caso voltassem para Cuba em silêncio, ressalvaram os mensageiros de Tarso Genro. Outra cilada: já no aeroporto de Havana foram informados de que nunca mais voltariam a lutar.

Três anos depois da deportação dos cubanos insatisfeitos com a democracia proclamada por Fidel em 1959, o ministro da Justiça impediu que o terrorista em recesso Cesare Battisti fosse extraditado para a Itália e ali cumprisse a pena de prisão perpétua aplicada ao matador de quatro “inimigos do proletariado”.
Para livrá-lo da ditadura italiana que só bandidos ou vigaristas enxergam, Tarso promoveu o amigo comunista a “asilado político” e concedeu-lhe a cidadania brasileira.

Hoje com 32 anos, Rigondeaux só não onseguiu ganhar mais cedo o título que o eternizará na história do boxe porque foi vencido em 2007 pelo supergalo gaúcho que ganhou uma vaga na história universal da infâmia.

Tarso gosta de passear em Nova York, lembrei na madrugada deste domingo. E, enquanto erguia um brinde ao vitorioso, não resisti à tentação de imaginá-lo cruzando com Rigondeaux em alguma esquina de Manhattan.

Se isso acontecer, pensei, tomara que o campeão reconheça o homem que o derrotou num duelo repulsivamente desigual. E decida que a hora da revanche chegou.

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