O resumo do acórdão publicado pelo Supremo Tribunal Federal nesta sexta-feira, aponta, como foi decidido no julgamento do mensalão, o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu como o responsável pela “organização” e pelo “controle” do esquema ilícito de compra de apoio político do Congresso no primeiro mandato do governo Luiz Inácio Lula da Silva.
A quadrilha atuou do final de 2002 até junho de 2005, quando o esquema foi revelado pelo presidente do PTB licenciado, Roberto Jefferson . Segundo a publicação, que resume as decisões dos ministros ao longo das 53 sessões do julgamento no ano passado, ocorreu um “conluio entre o organizador do esquema criminoso” e o então tesoureiro do PT, Delúbio Soares.
Ao longo das treze páginas, o resumo da decisão sustenta que há um conjunto de provas “harmonioso” que comprova o “amplo esquema de distribuição de dinheiro a parlamentares, os quais, em troca, ofereceram seu apoio e o de seus correligionários aos projetos de interesse do governo federal na Câmara dos Deputados”.
Esse acórdão deveria enterrar de vez as tentativas desesperadas de Dirceu em mostrar que é inocente. Mas não, ele agindo como hóspede em casa de alienados, foi encontrar uma patética saida. Disse Que vai pedir revisão criminal, alegando que o Supremo errou ao considerar, públicos, recursos da Visanet, um fundo ligado ao Banco do Brasil.
A Visanet abasteceu as empresas de Marcos Valério condenado como operador do mensalão. “Há um erro jurídico grave. O Supremo foi induzido a erro pela perícia. Recursos da Visanet não são públicos. Não são do Banco do Brasil”.
Com isso ele quer dizer que a corrupção ativa da compra de votos dos parlamentares não é crime.
Meu comentário: Nádegas a declarar.
23 de abril de 2013
Giulio Sanmartini
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