Ex-musa do juro baixo, Camila Pitanga agora é garota-propaganda do Minha Casa, Minha Vida
Num instante em que a inflação força o Banco Central a elevar a taxa de juros, a Caixa Econômica Federal alterou o papel de sua contratada Camila Pitanga. Até o final de março, a atriz frequentava a publicidade da estatal bancária como musa do juro baixo. Agora, vai ao ar como garota-propaganda do programa Minha Casa, Minha Vida.
Veiculada no horário nobre –no intervalo do telejornal que antecede a novela—, a peça estrelada por Camila caberia em quaquer programa eleitoral do PT. O comercial tem cadência eleitoral. Na abertura, três frases.
Numa, a cifra: “O programa Minha Casa, Minha vida, do Governo Federal, já entregou mais de um milhão de casas.” Noutra, a promessa: “E até 2014 entregará mais um milhão. Na terceira, a preparação para a entrada do eleitor em cena: “Mas tão importante quanto a entrega das casas é a melhoria da qualidade de vida das pessoas que vão morar nelas.” Seguem-se os depoimentos de quatro mulheres.
Postada defronte de um painel translúcido, uma sorridente Camila Pitanga seleciona os depoimentos pressionando no mapa do Brasil as cidades onde moram as felizes brasileiras. Coisa bem distribuída: do Sul, Sapucaia do Sul (RS); do Centro-Oeste, Várzea Grande (MT); do Sudeste, a capital do Rio; do Norte, Ananindeua (PA).
Até esse ponto, exceto por um minúsculo ‘X’ gravado no alto da imagem, à direita, o o comercial não fez uma mísera menção à casa bancária que bancou a produção. Só no finalzinho o nome da contratante pinga dos lábios de Camila: “A Caixa se orgulha de fazer parte dessa mudança de vida do povo brasileiro.”
Substituindo-se nessa última frase “a Caixa” por “o governo”, a propaganda poderia ser assinada por João Santana, o marqueteiro do PT, e estaria pronta para ser exibida num dos programas reeleitorais de Dilma. Quanto às peças que propagandeavam o juro miúdo, saíram de cena. O material impresso foi recolhido das agências em fins de março.
23 de abril de 2013
Josias de Souza - UOL
Veiculada no horário nobre –no intervalo do telejornal que antecede a novela—, a peça estrelada por Camila caberia em quaquer programa eleitoral do PT. O comercial tem cadência eleitoral. Na abertura, três frases.
Numa, a cifra: “O programa Minha Casa, Minha vida, do Governo Federal, já entregou mais de um milhão de casas.” Noutra, a promessa: “E até 2014 entregará mais um milhão. Na terceira, a preparação para a entrada do eleitor em cena: “Mas tão importante quanto a entrega das casas é a melhoria da qualidade de vida das pessoas que vão morar nelas.” Seguem-se os depoimentos de quatro mulheres.
Postada defronte de um painel translúcido, uma sorridente Camila Pitanga seleciona os depoimentos pressionando no mapa do Brasil as cidades onde moram as felizes brasileiras. Coisa bem distribuída: do Sul, Sapucaia do Sul (RS); do Centro-Oeste, Várzea Grande (MT); do Sudeste, a capital do Rio; do Norte, Ananindeua (PA).
Até esse ponto, exceto por um minúsculo ‘X’ gravado no alto da imagem, à direita, o o comercial não fez uma mísera menção à casa bancária que bancou a produção. Só no finalzinho o nome da contratante pinga dos lábios de Camila: “A Caixa se orgulha de fazer parte dessa mudança de vida do povo brasileiro.”
Substituindo-se nessa última frase “a Caixa” por “o governo”, a propaganda poderia ser assinada por João Santana, o marqueteiro do PT, e estaria pronta para ser exibida num dos programas reeleitorais de Dilma. Quanto às peças que propagandeavam o juro miúdo, saíram de cena. O material impresso foi recolhido das agências em fins de março.
23 de abril de 2013
Josias de Souza - UOL
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