"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 18 de abril de 2013

VENEZUELA COMEÇA A CONHECER O TERROR CASTRO-COMUNISTA

      
          Notícias Faltantes - Foro de São Paulo 
Fiaram-se no silêncio e aceitação passiva de Capriles em 7 de outubro e acreditaram que poderiam elevar à estratosfera o resultado final. Deram-se mal! Por isso a repressão violenta e criminosa está tão exacerbada.
Temo por uma guerra civil e mais derramamento de sangue, pois isto parece inevitável.

A Venezuela está começando a conhecer o que é o terrorismo castro-comunista desde a segunda-feira passada (15), quando Henrique Capriles, anunciando que NÃO aceitaria o resultado apresentado pelo CNE por ter mais de 3.200 provas da mais desavergonhada fraude que aquele país já tenha visto, deu entrada numa petição para que se realizasse uma auditoria e propôs um panelaço em todo o país. O que se viu desde então foi a mais brutal e desumana perseguição e violência promovida pela Guarda Nacional, a mando do próprio usurpador Nicolás Maduro.

Tenho lido as “opiniões” da mídia escrita e tevisada de que, com a morte de Chávez o chavismo morreu junto com ele. Discordo frontalmente desta bobagem, uma vez que o “chavismo” nunca foi uma ideologia ou um fim em si mesmo, mas a máscara que os ditadores Castro encontraram para dar curso ao seu projeto de implantação do comunismo no continente.
E Chávez lhes caiu como uma luva - malgrado não fosse o “ungido” -, pois tinha vencido as eleições de 1998 com um apoio extraordinário, sofria de um narcisismo patológico e iria manejar uma fortuna incalculável com o dinheiro do petróleo, vital para a sobrevivência de Cuba. A aceitação de Chávez foi por puro oportunismo.

agressão
Assim ficou o corpo deste rapaz, agredido por ordens do ditador Maduro

Tendo compreendido isto, os Castro deram asas à imaginação de Chávez, inflaram seu já gigantesco ego e foram cercando-o como se faz para caçar porcos selvagens. Por sua vez, Chávez, que não via nada além dele mesmo, acreditou que era o novo messias, a re-encarnação de Simón Bolívar e cedeu ao canto de sereia de Fidel Castro. Isto não quer dizer que ele, Chávez, fosse ingênuo mas estava cego pela vaidade e bajulações, e acabou entregando o país inteiro aos velhos abutres cubanos.

Enquanto isso, Nicolás Maduro, o verdadeiro “ungido” de Havana desde a década dos 80, aguardava tão paciente quanto Jacó, servindo a Chávez (Labão) enquanto sonhava com Raquel (a Venezuela). Com a morte de Chávez anunciada oficialmente, Maduro e seus mentores cubanos apressaram-se e fraudaram todas as etapas para a escolha de um novo presidente. Só que ele não contava que desta vez Capriles não iria trair seus eleitores como fez em 7 de outubro do ano passado e iria reagir.
No discurso que proferiu logo após Tibisay Lucena anunciar sua vitória, Maduro disse que o CNE “deveria realizar uma auditoria” para “calar a boca da oposição” que reclamava de fraude. No dia seguinte, entretanto, ele foi juramentado, negou que queria uma auditoria e seu comportamento de ditador, treinado em Cuba, começou a se revelar. No vídeo abaixo pode-se comprovar que ele próprio solicitou uma auditoria que agora rejeita e persegue os que exigem a recontagem dos votos.

Até ontem à noite tinha-se conhecimento de sete assassinatos pela repressão. As vítimas, pessoas absolutamente pacíficas, apenas batiam panelas exigindo uma auditoria. Nas fotos que ilustram esta edição pode-se ver o tamanho da brutalidade empregada pela Guarda Nacional contra estudantes que protestavam em frente às sedes do CNE em várias cidades do país. Até ontem, também, tinha-se a informação de 73 oficiais detidos por não acatar ordens do COMANDO ESTRATÉGICO CUBANO. Motorizados armados passam pelas ruas atirando em pessoas que estão concentradas em frente ao CNE. Dois jornais opositores foram vítimas de pedradas nessa madrugada mas, enquanto isso, Maduro acusa Capriles de ser o “instigador” dos atos de violência e pelas mortes ocorridas desde então.
agredido
Isto não é montagem. Esse rapaz foi agredido pelos brutamontes da Guarda Nacional Venezuelana

Ontem à noite o Ministério Público processou solicitação da “privação de liberdade” a Henrique Capriles, Leopoldo López e outros membros da Mesa de Unidade, na qual a promotora Luisa Ortega acusa-os dos delitos “concerto para delinqüir, formação de quadrilha ou associação ilícita, instigação para causar perturbação à população e obstrução da via pública, assim como a responsabilidade pelos assassinatos ocorridos na segunda-feira durante os vários protestos.

De acordo com o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), o presidente Nicolás Maduro ordenou à Luisa Ortega e à presidente do TSJ, María Estella Morales, a processar Capriles, sua equipe de campanha de outros dirigentes da oposição.

Segundo um ex-magistrado que conhece os métodos empregados desde Chávez, a coisa funciona assim: “O Ministério Público faz a imputação ante um tribunal e este recebe um telefonema do TSJ dando instruções de como tem que agir”. Quem não lembra de Chávez berrando em cadeia de rádio e televisão que o TSJ processasse a juíza María Lourdes Afiune e que lhe dessem a pena máxima de 30 anos, como de fato ocorreu? E quem não lembra das infâmias e calúnias imputadas a Alejandro Peña Esclusa?
Esse é o método do castro-comunismo desde há 54 anos, onde a única prova que compõe o processo é a vontade soberana dos ditadores.

Mas as arbitrariedades não param por aí. Numa sessão na Assembléia Legislativa ontem, o deputado opositor Williams Dávila foi agredido fisicamente em plena sessão no plenário, quando lhe arremessaram algo contra a cabeça, resultando em um corte que necessitou suturar com 8 pontos (ver a foto).
Segundo informa o deputado, a agressão foi totalmente gratuita, uma vez que ele ouvia o pronunciamento de outro parlamentar quando foi agredido.
Disse ainda que sentiu a pancada de um objeto preto que lançaram do lado esquerdo do salão, enquanto os chavistas, que são maioria, davam gargalhadas com a cena. Além de intrinsecamente maus, estes elementos são verdadeiros vândalos, pessoas vulgares acostumadas a baixarias e crimes de toda espécie.

18 de abril de 2013
Graça Salgueiro

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