DO VALOR
"Não faço esse tipo de declaração [de que o governo é leniente com a inflação]. A gente deve conversar e todo mundo ajudar nesse processo. A gente tem que ter cuidado, não adianta esconder os problemas", disse o governador, que vistoriou nesta quinta-feira (2) obras de uma barragem no interior de Pernambuco.
Campos defendeu um esforço para a desindexação da economia, sob o risco de a inflação voltar a corroer a renda da população. "Temos como grande conquista da nação brasileira pôr fim à inflação, mas ainda tem muita coisa indexada. Com inflação, os ricos e as instituições financeiras conseguem conservar seu patrimônio. Mas quem vive de salário, aposentadoria e biscate não consegue", disse.
Na avaliação do governador, o combate à inflação não pode resultar em desaceleração "acentuada e recessiva" da economia. "Tem forma de combater sem derreter o emprego, sem parar demais a economia e fazer com que a gente possa passar esse momento crítico sem repique", disse Campos, para quem o principal desafio é diagnosticar corretamente a origem do processo inflacionário.
Ao invés de endossar as declarações de Aécio, o governador de Pernambuco criticou o uso eleitoral do tema da inflação. "A quem interessa que a inflação volte? Não é possível que interesse a ninguém. Será que tem alguém torcendo para que não tenha crescimento econômico?", questionou.
Aécio e Campos devem disputar com Dilma Rousseff a eleição presidencial de 2014. Apenas o senador mineiro compareceu às comemorações do 1º de Maio em São Paulo, que teve como foco críticas à inflação.
02 de maio de 2013
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