"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 2 de maio de 2013

Fazer oposição corajosa é preciso.

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Ontem Dilma bradou os velhos números mentirosos do PT.

Falta à oposição confrontar estes números com eles mesmos, não contra o passado, contra aquele tal legado que só serve para bajular o FHC.

Por exemplo:

Dilma afirma que o PT gerou 19,3 milhões de empregos em 10 anos. Ora, a população aumentou em 18 milhões de habitantes neste período.
Fazendo uma conta que o povo entende - e tucano tem que aprender a falar com o povo - , o saldo do PT é de 1,3 milhão de empregos acima do crescimento populacional, em uma década.
Ou seja:
o saldo positivo é de 130 mil empregos por ano, o que é uma miséria.

Por falar em miséria, Dilma subiu a voz para dizer que o PT tirou 36 milhões de brasileiros da miséria. Engraçado que este número é praticamente o de beneficiados da Bolsa Família.
Pouco menos, pouco mais.

Sabem qual é o benefício médio da Bolsa?
R$ 96 mensais.

Somando-se a isso os R$ 140 que é o máximo de renda familiar que a casa pode ter para ser aceita no programa, não dá para comprar uma cesta básica por mês, pois o menor custo de cesta básica do país, o de Aracaju, é de R$ 245.

Conclusão:

na média, o beneficiário da Bolsa Família tem renda apenas para, mal e porcamente, comer. Dilma tem toda a razão em dizer que dá para fazer mais. Ela e o PT fizeram muito pouco, quando se olha os números com lupa.

Por fim, se para receber o Bolsa Família, a família não pode ter uma renda maior do que R$ 140, obviamente que nem marido e nem mulher tem emprego, na casa beneficiada. Nem formal, nem informal.

Como existem cerca de 15 milhões de famílias beneficiadas pelo programa, podemos considerar que, tirando-se um enorme número de viúvas e viúvos, separados, divorciados e desquitados, no mínimo 25 milhões de adultos estão desempregados no país, vivendo exclusivamente da Bolsa Família e de pequenos bicos.

Na verdade, a Dilma pode dizer, também, que tirou destas pessoas a oportunidade de ter um emprego. O que é, para ela, um lucro e tanto, pois pode ostentar números baixíssimos de desemprego.

Está na hora da oposição levar o país a sério e fazer uma auditoria nos números do PT.

Nós estamos vivendo num Brasil de mentira, onde ela é repetida tantas vezes, sem contraditório, que fica parecendo verdade. Vejam, por exemplo, que com tudo o que o PT diz que fez, a posição do país só piora nos rankings internacionais.

É a prova cabal de que algo de muito podre existe na numerologia do PT. A oposição precisa trabalhar mais. Precisa ser proativa e ter mais coragem para debater. Usem as prefeituras tucanas e façam um censo nos programas sociais. Comprem pesquisas sérias.

Botem aquele instituto que leva 20% do dinheiro do partido a trabalhar. Usem o dinheiro do fundo partidário a favor do país. Aprendam a fazer oposição.

Transcrito/editado do original em :
Coroneleaks

maio 01, 2013

ANP/OGX ! NA REPÚBLICA TORPE E DO "RALA E ROLE" O QUERIDINHO DA CANALHA, AQUELE QUE LÊ JORNAL DE 2015 HOJE, "PODE" : Outro servidor que autuou empresa de Eike é afastado da ANP

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A ANP (Agência Nacional de Petróleo) afastou mais um servidor que defendeu que a OGX, empresa de Eike Batista, fosse multada.

Além de Pietro Mendes, afastado após aplicar auto de infração contra a OGX sob a alegação de que multar a empresa não era sua atribuição, o funcionário Kerick Robery também foi trocado de setor após apoiar publicamente Mendes durante reunião com o superintendente da área de operação e meio ambiente da agência, Rafael Moura.

Mendes foi colocado à disposição do departamento de Recursos Humanos e Robery foi transferido para o setor de abastecimento.

O auto de infração anulado poderia gerar multa de até R$ 15 milhões à empresa de Eike. Foi cancelado pelo superintendente de operação com o argumento de que o técnico não estava designado para essa fiscalização.

Mendes afirma, no entanto, que partiu da superintendência o pedido para que ele analisasse o caso da OGX que deixou de instalar uma válvula de segurança em uma plataforma.

A válvula serve para evitar vazamentos em caso de acidentes e, por isso, o técnico considerou que a empresa não poderia ter deixado de fazer sua instalação.

A ANP informou que as investigações sobre a válvula de segurança continuam, mas não comentou o afastamento dos dois técnicos.

"Tenho estabilidade para resistir às pressões políticas. Ninguém pode interferir no trabalho técnico. Eu estou aqui para fiscalizar. Se não puder fazer isso é melhor ficar em casa", afirmou Mendes, 30, que é doutor em tecnologia em processos químicos e bioquímicos.


Entre as atribuições de Mendes, previstas em lei, está a de instaurar autos de infração. Ele disse que, desde 2006, quando ingressou na ANP, foi a primeira vez que teve um auto anulado. O regimento interno da ANP diz que só a diretoria colegiada pode derrubar um auto de infração.


Robery disse à Folha que foi constrangido pela própria diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, após defender o colega em uma reunião convocada pelo superintendente Rafael Moura.

"Eu vi que ele [Pietro] estava sendo pressionado e não apenas eu, toda a nossa área considerou que a autuação de Pietro estava correta", disse Robery, há três anos na ANP.


Mendes, doutor em processos químicos e bioquímicos pela UFRJ e pós graduado em petróleo e gás pela Coppe/UFRJ está desde 27 de março na área de recursos humanos da ANP, afastado de qualquer atividade.


Ele informou que recebeu o pedido de análise sobre a OGX em 12 de novembro de 2012 e que avaliou que a empresa deveria instalar a válvula DHSV (Downhole Safety Valve), que serve para aumentar a segurança durante a fase de produção.

Em caso de falha no equipamento de extração, a DHSV fecha a saída de petróleo do poço.


A autuação foi cancelada em 15 de março e o processo foi encaminhado para outro técnico.


Segundo Mendes, outro processo relativo à questões de segurança da plataforma da OGX, aberto em 30 de maio do ano passado, encontra-se parado desde 8 de junho.

DENISE LUNA/DO RIO/ANDREZA MATAIS/DE BRASÍLIA
Folha

DE(s)CÊNCIO DOS FARSANTES E FALSÁRIA 1,99 : Inflação em alta diminui ganho salarial dos trabalhadores. Trabalhadores obtêm reajustes salariais menores do que em 2012


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A inflação reduziu os ganhos dos trabalhadores no primeiro trimestre. A média de aumento real de categorias com data-base no período foi de 1,4%. Embora seja uma prévia, o dado indica ganho menor que o obtido em todo o ano de 2012, de 1,96%.

O porcentual de categorias que conseguiram negociar reajustes acima da inflação também caiu para 87%, ante 94,6%.

Os dados são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que não tem comparativos com o primeiro trimestre de 2012, pois só consolida resultados semestrais. Mostram, porém, que a perda já vinha ocorrendo desde o segundo semestre de 2012.

Na primeira metade do ano, 96% das categorias conseguiram aumento real, com ganho médio de 2,23%.

O coordenador de Relações Sindicais do Dieese, José Silvestre, acredita em reversão dos dados principalmente a partir do segundo semestre. "A inflação já começa a cair, há um cenário mais positivo para o PIB e para a produção industrial."

Em sua opinião, os ganhos dos trabalhadores em 2013 deverão ficar muito próximos aos de 2012.

Segundo Silvestre, ocorreram cerca de 90 negociações de janeiro a março. Entre as categorias com data-base no período estão os frentistas de São Paulo e trabalhadores da construção civil do Rio de Janeiro.

Mais greves. Especialistas ouvidos pela Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, apostam que a inflação alta vai dificultar as negociações de reajuste salarial, o que pode resultar em aumento de greves.

"Com inflação em alta e crescimento da produtividade em ritmo menor, a tendência é de que as discussões sobre salários entre empresas e sindicatos sejam mais acaloradas", diz o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale.

"Com isso, a gente pode ver mais greves em 2013."

O quadro pode se agravar porque não há perspectiva de que a pressão inflacionária decorrente do mercado de trabalho aquecido vá desacelerar, segundo o economista Alexandre Schwartsman, ex-diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central (BC).

Para ele, reduzir as pressões inflacionárias advindas do aumento do rendimento dos trabalhadores passaria por convencer as pessoas de que o BC vai buscar trazer a inflação para o centro da meta (4,5%) ou provocar uma desaceleração econômica que leve a um aumento do desemprego.

"Nenhuma dessas alternativas está sendo buscada", ressalta.

"É provável que as empresas voltem a negociar índices abaixo da inflação", diz o gerente sênior da área de Gestão de Capital Humano da Deloitte, Fábio Mandarano.
Para ele, as empresas vão buscar compensar um reajuste menor com aumento, por exemplo, na Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
Cleide Silva e Renan Carreira, de O Estado de S. Paulo/ COLABOROU CARLA ARAÚJO

abril 30, 2013

P artido T orpe QUER CRISE OU GOLPE

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Líderes do Congresso e do Supremo Tribunal Federal agiram ontem para jogar água na fervura do conflito que se instalou entre os dois poderes desde a semana passada.

Mas, deixando claro a quem interessa suscitar a crise, o PT dedicou-se a dobrar a aposta no confronto com o Judiciário.
O partido dos mensaleiros mantém seu flerte golpista com a instabilidade.

Apresentada pelo petista Nazareno Fonteles, a iniciativa de tentar mudar a Constituição e sujeitar decisões do STF à aprovação do Congresso não é ato isolado. Embora, à primeira vista, pudesse parecer algo extravagante, a proposta de emenda constitucional de autoria do deputado pelo Piauí coaduna-se com a filosofia e os sonhos que movem boa parte dos petistas.

Turvar o equilíbrio entre os poderes, retirar a força das instituições, cercear as liberdades, minar órgãos de controle e fiscalização e impor as vontades do governo de turno também são objetivos de outras iniciativas apresentadas em âmbito parlamentar ou defendidas pelo PT em cima de palanques.

É o caso de outra proposta de emenda constitucional a ser apresentada por um petista, desta vez de primeiríssimo escalão.

No mesmo dia em que o ministro Gilmar Mendes, do STF, e os presidentes da Câmara e do Senado atuavam para apaziguar ânimos, Marco Maia, petista que comandou a Câmara até o início do ano, foi à tribuna propor nova medida para arrostar a Justiça.

Sua proposta de emenda à Constituição tenta restringir decisões do Supremo, vedando a suspensão de proposições em tramitação no Congresso, leis ou emendas constitucionais que decorra de decisão monocrática (isto é, tomada por um só ministro do STF) referente a mandados de segurança, ações diretas de inconstitucionalidade ou ações declaratórias de constitucionalidade.

Mas Maia não está sozinho.

A investida mais robusta e, digamos, orgânica dos petistas origina-se em uma comissão especial instalada na Câmara em novembro do ano passado. A Comissão Especial de Aprimoramento das Instituições Brasileiras foi gestada pela cúpula petista, criada por requerimento de um petista, aprovada pelo então presidente petista da Câmara e é relatada por um petista.

Seus objetivos mais evidentes são tentar impor limites e competências aos poderes, em especial à atuação do Judiciário e do Ministério Público (alvo também da chamada "PEC da Impunidade"), como mostrou ontem a
Folha de S.Paulo.

Mas seu sonho de consumo é criar mecanismos para que se instaure a chamada "democracia participativa", velha utopia dos petistas mais radicais. O que é isso?

Trata-se de modelo que leva ao extremo as possibilidades de interferência dos cidadãos no processo político do país. No limite, as decisões ficam sempre sujeitas ao crivo direto e permanente dos eleitores, a despeito de terem sido tomadas por seus representantes eleitos no Parlamento ou no Executivo.

Ao fim e ao cabo, o sonho petista - que para a democracia é o pior dos pesadelos - é instituir, sob verniz democrático e constitucional, a velha ditadura do proletariado.

Funcionaria mais ou menos como funcionava na Venezuela e como funciona agora na Bolívia:
toda vez que o governo se visse constrangido por alguma manifestação ou decisão contrária a seus interesses, as massas seriam mobilizadas e chamadas a opinar.

A este respeito, basta ler o que pensa o relator da tal comissão especial, o deputado Rogério Carvalho (PT-SE):
"O governo é a materialização da vontade popular num determinado momento histórico. Este governo está conseguindo valer a vontade popular, ou está sufocado pelas instituições de Estado? (...) São questões que precisamos aprofundar e identificar como solucionar e superar isso. Caso o entendimento seja de que sim, a gente tem que encontrar caminhos para fortalecer os governos", explicou, em entrevista recente ao
site do PT.

Em seus dez anos de governo, o PT não topou levar adiante, dentro dos princípios legais e constitucionais, nenhuma reforma estrutural de que o país precisa.

Entretanto, à sorrelfa, em surdina, na base da guerrilha, seus comandados tentam diuturnamente dinamitar o arcabouço constitucional brasileiro, sempre em prejuízo da democracia, sempre no sentido de limitar liberdades ou a atuação dos órgãos e instituições que não dizem amém ao governo.

Não há nada de insignificante, fortuito ou errático nestes movimentos:
o objetivo dos petistas é alcançar a dominação total do poder.

Fonte: Instituto Teotônio Vilela

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