Aos olhos de gente sem avarias na cabeça, a caxirola é um caxixi ─ aquele chocalho que acompanha o berimbau ─ que o músico Carlinhos Brown pintou de verde e amarelo.
Aos olhos de Dilma Rousseff, a malandragem pareceu suficientemente assombrosa para transformar seu criador num Santos Dumont de turbante. Lançada com pompas e fitas no Palácio do Planalto, imediatamente promovida a símbolo da Copa de 2014 pelo Ministério do Esporte, a caxirola se preparava para incluir o inventor de araque e os fabricantes da esperteza na lista dos milionários da revista Forbes quando a torcida do Bahia descobriu que, vista de perto, aquela coisa era uma arma com entrada livre em todos os estádios do país.
Depois do que aconteceu na Fonte Nova, a caxirola foi condenada a morrer sem ter nascido: sinais emitidos pela cartolagem da Fifa informam que a maluquice será proibida de entrar em campo na Copa das Confederações e na Copa do Mundo. Surpreendido pelo fiasco, o que fará Carlinhos Brown para recuperar a auto-estima e o dinheiro que gastou por conta dos lucros imaginários?
No comentário abaixo transcrito, o leitor Jacob Samuelson garante que o inventor preferido de Dilma Rousseff já tem pelo menos duas balas na agulha:
Como não para de criar, o genialíssimo Carlinhos Brown já guarda na cabeça duas invenções para animar o Carnaval de 2014:
1. CONFEROLA. Rodelinha de papel pintada de verde e amarelo. Os foliões devem encher as mãos com conferolas armazenadas num saquinho e arremessá-las uns nos outros.
2. SERPENTOLA. Fita de papel estreita, comprida e colorida, pintada com as cores da bandeira nacional, enrolada em discos que se desenrolam em arremesso.
As espantosas novidades confirmam que a criatividade de Carlinhos Brown é tão inesgotável quanto o baú de besteiras que abastecem os discursos de Dilma Rousseff. O timaço de comentaristas está convocado para descobrir o que mais pode ser parido pelo gênio da raça que agora é parceiro do neurônio solitário. Ao teclado, amigos.
02 de maio de 2013
Augusto Nunes
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