A teoria do caos define muito bem quando um “poder” de qualquer tipo sofre uma instabilidade e, pelo acúmulo do desequilíbrio de forças, tende ao descontrole total.
Isto acontece sempre em todas as quebras de paradigmas de sistemas e conceitos da organização daquilo que foi imposto como solução ideal, justa, ética, orgânica, divina, limpa e principalmente leal.
A era dos grandes discursos empolgados, com gasto das pregas vocais, demonstração total de falsa empatia e exagero do uso da retórica demagógica atingiu a saturação comunicacional que transforma o herói na pior das escolhas.
Nesta nova Era 3.0, apenas 140 toques podem causar a destruição de uma sociedade completa. É uma força não prevista pelos personagens da conspiração que certamente o Governo tende a querer esconder e proteger.
A inflação de conteúdo que compromete todo um esquema, antes impecável, que fora construído mediante o marketing mente a mente, em que aquelas menos providas de malícia abraçaram o falso conceito de igualdade social, chegou ao seu porcentual máximo.
Não é necessário referendar todas as informações contidas na rede de computadores que identificam claramente como esse comando perdeu mão. Chegou o momento em que as pessoas saíram da Idade Média e entraram num novo Renascimento.
O ponto de vista dos manifestantes pelo Brasil inteiro que reivindicam promessas daqueles aos quais lhes entregaram de bandeja esse poder, mostra que a era do conhecimento, mesmo que ainda torpe, não foi prevista no plano maléfico das sacanagens do poder público atual.
A indignação das web-massas não são apenas atos sindicais isolados, estratégia que funcionou muito bem há alguns anos. Hoje compreendem uma bola de neve que tende a não parar de girar e aumentar a cada segundo.
A criatura vai engolir o criador. O criador da bagunça, da discórdia, das bandeirinhas vermelhas e bonés com enxadas. O criador que vendeu a ideia de igualdade social, mas esqueceu do botão “compartilhar”
16 de junho de 2013
Fabrizio Albuja é Jornalista e Professor Universitário.
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