Saudades do PSD.
Nada a ver com o PSD recentemente fundado por Gilberto Kassab, ex-prefeito de São Paulo, o partido que "não é de direita, nem de esquerda e nem de centro".
Refiro-me ao Partido Social Democrático (PSD) fundado no dia 17 de julho de 1945 sob o comando dos interventores estaduais nomeados pelo presidente Getúlio Vargas no finalzinho da ditadura do o Estado Novo.
Era um partido conservador que reunia as maiores raposas políticas do país.
O PSD ensinou: não se faz reunião importante sem antes combinar o resultado dela. Para evitar frustrações.
Dilma parece esquecida da lição.
Marcou para esta tarde, no Palácio do Planalto, uma reunião com todos os governadores de Estados e prefeitos de capitais. Quer oferecer uma resposta imediata aos manifestantes que há 15 dias ocupam ruas e estradas do país.
Na pressa pode pôr tudo a perder.
Ela falou à Nação na última sexta-feira por meio de cadeia nacional de rádio e televisão.
O que de lá para cá pode ter conseguido criar para atender às principais reinvindicações dos manifestantes? Ou mesmo a algumas delas?
O provável é que recicle ideias ou projetos já lançados.
De sua parte, os governadores e prefeitos desembarcaram em Brasília com pedidos de mais apoio e cheios de queixas contra o governo federal. Querem mais dinheiro para tocar seus projetos.
Dinheiro é o que parece faltar ao governo federal num momento de economia em baixa. E se não falta, como de costume, demora muito para ser liberado, aplicado e produzir resultados.
A reunião desta tarde está mais para uma encenação concebida com o objetivo de acalmar os manifestantes do que para algo de concreto possível de surpreendê-los positivamente.
Tomara que não. Tomara que a antiga lição do PSD esteja sendo superada. E que do improviso nasça a luz.
24 de junho de 2013
Ricardo Noblat
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