Após sua expulsão do Mercosul, fortemente influenciada pelos governos de Brasil, Argentina, Equador, Bolívia e Venezuela, por ter seu Parlamento tomado uma medida legítima, ao destituir da Presidência o ex-bispo trapalhão, polêmico e incompetente, Fernando Lugo, o Paraguai ressurge das cinzas, altaneiro, e recusa sua reintegração ao bloco, sugerida na última reunião de cúpula da aliança em Montevideo.
O seu Presidente eleito, Horácio Cartes agradeceu aos governantes lá reunidos o reconhecimento da votação que democraticamente o consagrou, estranhando, no entanto, que, por decisão unânime, a readmissão se efetive somente a partir de 15 de agosto, quando assumirá o cargo, vendo nessa postergação uma fonte de mal-estar desnecessária que, provavelmente, contribuiu para a atitude de recusa de reinserção.
A outra componente da decisão do governo paraguaio reside na posição, formalizada pelo seu Parlamento, antes mesmo da patética expulsão, contrária à admissão da Venezuela como membro pleno do Mercosul, a partir de julho de 2012, tendo em vista que a iniciativa, segundo sua ótica, possuía características jurídicas em desrespeito às normas legais estabelecidas pelos sócios fundadores, entre o quais se incluía.
É de todo conveniente que a lição de inteligente e coerente política externa que está sendo dada gratuitamente pelo Paraguai, aliada à observação das perspectivas que estão se desenhando sob forma de mega-alianças entre os Estados Unidos e a comunidade européia, convençam o governo brasileiro que este é um momento crítico para sua sobrevivência comercial.
Já passou da hora de se despojar dos laços políticos retrógrados de um Mercosul decadente e dividido e pensar em se beneficiar de Tratados que aufiram reais dividendos que lhe favoreçam.
Que o momento não seja desperdiçado.
15 de julho de 2013
Paulo Roberto Gotaç é Capitão-de-Mar-e-Guerra Reformado.
Paulo Roberto Gotaç é Capitão-de-Mar-e-Guerra Reformado.
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