Um nome que não aparece nas pesquisas de intenção de voto pode surgir, dos bastidores políticos e econômicos, como o salvador da Pátria para a sucessão presidencial de 2014, preservando os interesses hegemônicos do PMDB.
O “plano B” para 2014 se chama Henrique de Campos Meirelles.
A conjuntura que exige um Presidente com perfil de gestor e renome internacional, mesmo que não seja um candidato (ainda) tão popular, pode fabricar Meirelles como o cavalo mais capaz para vencer o páreo contra uma candidatura Marina Silva – que oferece claro risco de quebrar o atual esquema político interno, embora a ex-petista agrade ao sistema globalitário.
Preocupada com a queda de popularidade nas pesquisas, o que pode levar o PT a querer tirá-la do páreo da reeleição, Dilma Rousseff reluta em aceitar a indicação de Henrique Meirelles (ex-Presidente do Banco Central na gestão Lula) para o Ministério da Fazenda.
Dilma há muito tempo gostaria de afastar Guido Mantega – que há muito manda menos que pensa na pasta -, sofrendo ingestões da própria Dilma e do super-consultor Antonio Palocci. Mas ela reluta em emplacar Meirelles.
São dois os motivos para a relutância de Dilma. Primeiro, Meirelles exigiu “carta branca” para dirigir a Fazenda – o que Dilma, com estilo centralizador de gerenciar, não aceita. Segundo, Dilma teme que Meirelles – eventualmente bem sucedido na missão espinhosa de gerir uma política econômica confusa em uma conjuntura global mais tensa ainda – acabe se credenciando para o maior sonho dele: se tornar um candidato viável a disputar a Presidência da República.
A opção Meirelles tem o aval líquido e certo da Oligarquia Financeira Transnacional que controla o Brasil.
Sua candidatura sempre foi aventada por grandes empresas parceiras de Luiz Inácio Lula da Silva.
Os banqueiros fechariam facilmente com ele. O grupo J&F, que hoje emprega Meirelles e tem aliança forte com Lula, adoraria ter o ex-Presidente do BC do B no trono do Palácio do Planalto.
Meirelles nunca escondeu de ninguém que seu sonho é ser Presidente da República. Por isso, ele pode ser o plano B, caso Dilma se veja forçada a sair do páreo.
Dilma não topa Meirelles. Tanto que ele também não aceitou ser continuar no BC do B na gestão dela. Meirelles quase foi vice de Dilma. Só teve de sair do páreo pela força interna de Michel Temer no PMDB.
O nome de Meirelles é o único com total aval externo, antecipado, para 2014.
Em fevereiro de 2010, no relatório "Kicking Off 2010 Presidential Election in Brazil" ("Dando o pontapé inicial nas eleições presidenciais de 2010 no Brasil"), distribuído para clientes do Bank of America Merrill Lynch, foi escrito que "da perspectiva dos investidores financeiros, o vice-presidente ideal para Dilma Rousseff seria Henrique Meirelles (então presidente do Banco Central)”.
Aos 67 anos de idade, Meirelles está pronto para tudo. Desde assumir o Ministério da Fazenda, se for no regime de “carta branca para agir”, ou ficar onde está no poderoso grupo econômico que, estrategicamente, populariza, via publicidade, a sua marca Friboi. Na televisão, em horário nobre, o ator Tony Ramos recomenda: “Peça Friboi – porque carne confiável tem nome”.
Quem garante que, como preparação para a sucessão de 2014, algum marketeiro também indique: “Vote em Henrique Meirelles – porque candidato confiável tem nome”. Luiz Inácio Lula da Silva, que nos tempos de sindicalista de resultados na tal da dita-dura era conhecido entre os policiais próximos ao delegado Romeu Tuma pelo codinome “Boi”, daria facilmente o aval para uma candidatura Meirelles, caso pressinta que o PT corre o alto risco de ser apeado completamente do poder em 2014.
O pragmatismo de Lula pode isolar Dilma. O Presidente Virtual do Brasil já desembarcou, discretamente, do Titanic da Dilma Rousseff, liberando-a para a reforma ministerial, inclusive detonando o intocável afilhado Guido Mantega. Para Lula embarcar na candidatura Meirelles é um pulo só. E o Boi, totalmente respaldado pela Friboi, ajudaria Meirelles a se tornar o cavalo vencedor em outubro de 2014.
Nossos comerciais, por favor...
Confira o comercial produzido pela agência Lew/Lara/TBWA com o gente boa Tony Ramos – um dos melhores e mais queridos atores do Brasil:
Boi na urna
O PMDB já se prepara para digerir a candidatura do bilionário José Batista Júnior ao governo do Estado de Goiás.
Conhecido popularmente nos meios empresariais como “Júnior Friboi”, o acionista da holding J&F (que controla o frigorífico JBS-Friboi) já está filiado há dois meses ao PMDB e cumpre uma rotina de visitar municípios goianos para viabilizar sua candidatura.
Até o candidato natural do PMDB ao governo goiano, o octagenário Iris Resende, admite que o nome do Júnior é viável.
E se uma eventual candidatura presidencial de Henrique Meirelles virar realidade, o Júnior Friboi fica ainda mais forte como “candidato confiável que tem nome para o governo de Goiás”...
Saia do Armário, Dilma!
Em todas as oportunidades nas quais se vê acuada, Dilma usa dois termos milagrosos: transparência e combate à corrupção.
Foi assim por ocasião das passeatas de protesto que abalaram a Nação. Em Rede Nacional de Televisão, Dilma trombeteou que “a melhor forma de combater a corrupção é com transparência e rigor”.
Por outro lado, amparado em inquestionáveis fatos, o engenheiro João Vinhosa, desmoraliza o uso dessas duas bandeiras utilizadas pela marketagem presidencial em todas as oportunidades.
Conforme pode ser visto no vídeo “Saia do armário, Dilma!”, que o Alerta Total está divulgando em sua edição de hoje, Vinhosa apresenta provas de que a Presidenta nem pratica a transparência nem combate a corrupção em área diretamente sob seu comando.
Vale o que está escrito?
Gaiatos implicantes da internet comentam que o ex-Presidente Lula teria cometido um ato falho no artigo que escreveram para publicar no nome dele no prestigiado site do jornalão New York Times.
Trata-se da frase: “Democracia não faz acordo com o silencio”.
Os provocadores perguntam por que Lula escreve isto se, democraticamente, nada fala sobre o Rosegate – escândalo que gostaria de esquecer, mas tem sempre alguém na mídia oposicionista lembrando...
Ficção Científico-Policial
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
18 de julho de 2013
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
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