Artigos - Governo do PT
Em síntese:
1 - As manifestações, na origem, não foram espontâneas. Grupos ligados ao PT e patrocinados por verbas estatais acenderam o estopim;
2 - Também consta a articulação internacional com os chamados “globalistas”, aqueles que querem implantar o governo mundial imediatamente, em prejuízo dos Estados nacionais;
3 - Os alvos prioritários dos grupos ligados ao PT são os governos do Estado de São Paulo e do Rio de Janeiro. A motivação eleitoreira dos atos é inegável;
4 - O movimento cresceu além do controle dos que acenderam o estopim, mas têm sido basicamente manobrados contra os dois governadores citados;
5 - As polícias estão manietadas para controlar a multidão, seja porque as leis foram abrandadas, seja porque falta vontade política de reprimir a baderna, tida agora como um “direito”;
6 - Os meios de comunicação ficaram fascinados com as manifestações, vendo nelas um bem e um exercício de liberdade, aclamando os manifestantes e, com isso, inflando as manifestações subsequentes. Exemplo disso foi a atuação de Leilane Neubarth, da GloboNews, que insistia que as manifestações eram pacíficas mesmo diante das imagens em contrário. Virou a musa dos quebra-quebras;
7 - O efeito colateral das manifestações foi a perda de popularidade de Dilma Rousseff. A população identificou corretamente que a falta de ordem deriva diretamente da falta de autoridade da presidente;
8 - Outro efeito colateral administrativamente desastroso foi o impedimento do repasse dos custos aos preços dos transportes. O sistema econômico brasileiro precisa da inflação. Essa renúncia aos atos legítimos administrativos pode levar a uma situação econômica insustentável. Basta notar que a elevação do câmbio impõe uma revisão dos preços dos combustíveis e de toda a cadeia de transportes;
9 - É fato que os manifestantes abraçaram, de forma proposital, bandeiras utópicas, como a estatização dos transportes e o passe livre. Isso prova que suas reinvindicações não passam de pretexto para praticar a “ação direta”, tão ao gosto dos militantes de esquerda e de triste memória.
Voltemos ao artigo de Roberto Damatta. Seu primeiro grande equívoco:
“A velha oposição entre direita e esquerda, que sempre ajudou a montar a nossa cosmopolítica, dividindo o mundo entre mal e bem, burgueses vendidos e nós, esboroou-se com as manifestações que trouxeram ao palco uma multidão de reivindicações, a maioria pedindo o final de dois pesos e medidas, de uma ética de condescendência típica das posições lulistas e messiânicas”.
Ora, os movimentos nas ruas são basicamente de esquerda e negar esse fato é negar a realidade imediata. A direita não saiu às ruas. Ainda bem, porque do contrário teríamos tido o confronto entre turbas contrárias, com provável morticínio. Roberto Damatta, como outros esquerdistas da mídia, insistem na lorota de que não há mais direita e esquerda, mas bem vemos que seus cérebros operam basicamente dentro dessa dicotomia. Tanto que, ao se referir à direta, o faz como esta fosse os burgueses maus. Não perde nunca a viagem para fazer a propaganda da revolução gramsciana.
A rigor, nem erro é, é má fé.
O segundo erro do autor é considerar que as manifestações de rua foram contra a maneira messiânica de Lula conduzir a política no Brasil, desde que assumiu a presidência. Foram soldados de Lula que originalmente foram às ruas e a imprensa noticiou o empenho pessoal de Gilberto Carvalho, escudeiro de Lula, nos quebra-quebras de Brasília. O certo seria dizer que o grupo de Lula aproveitou a confusão para difundir vigorosamente o “Volta, Lula”, em prejuízo de Dilma Rousseff.
“O fato novo é o elo entre individualismo, transparência e igualdade em tempo real e global”. Pura balela ideológica. Insisto que os movimentos são teleguiados e financiados pelo governo do PT e pelos globalistas. O modus operandi da ação nas ruas é similar àqueles verificados recentemente em todo o mundo. Engenharia psicológica em ação.
“Vivemos hoje a rejeição de um mundo ideológico tão a gosto de um desonesto receituário político”. Isso é apenas mentira. Quem reivindica passe livre e estatização dos transportes faz unicamente proselitismo de esquerda. É pura ideologia, ao contrário do que sugere o sociólogo.
“Um lado meu teme pela ausência de atores mais conscientes dos seus papéis; um outro, otimista, acha que começamos a descobrir que democracia tem a ver com uma anarquia controlada”.
Democracia é e será sempre ordem, senão vira baderna e incapacidade de governar. Acabará em ditadura se o caos persistir. Filme velho na história política. A tal “anarquia controlada” não passa de um sonho de uma noite de verão. Será que as forças esquerdistas ora no poder não querem a desordem precisamente para implantar sua sonhada ditadura?
08 de agosto de 2013
Nivaldo Cordeiro
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