O prefeito Fernando Haddad (PT) levou para seu governo alguns dos jovens que organizaram no ano passado o Festival Existe Amor em SP, evento que levou cerca de 10 mil pessoas para a Praça Roosevelt, no centro paulistano. Na época, os integrantes da festa tinham como um dos bordões “Fora Russomano”, então segundo colocado nas pesquisas na disputa das eleições municipais, à frente de Haddad.
Para ser chefe de gabinete de Juca Ferreira, secretário municipal de Cultura, Haddad chamou Rodrigo Savazoni, um dos criadores da Casa de Cultura Digital e um dos principais organizadores do Existe Amor em SP. O prefeito também chamou integrantes de coletivos dedicados à cultura alternativa, como Matilha Cultural, Fora do Eixo e Voodoohop, para ter assentos no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social e para conselhos da Secretaria Municipal de Direitos Humanos.
Pedro Alexandre Sanches, um dos agitadores do evento na Praça Roosevelt em 2012, hoje faz o blog oficial da Virada Cultural. Integrantes dos coletivos de cultura alternativa também vão participar das discussões sobre o novo Plano Diretor, que o governo petista deve encaminhar à Câmara Municipal até o final do ano. Alê Yousseuf, também agitador do Existe Amor em SP, é o curador da virada.
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG - O grupo Fora do Eixo, liderado por Pablo Capilé e que tem assentos em importantes conselhos da Prefeitura de São Paulo, é justamente aquele que criou e patrocina o Coletivo Mídia Ninja ( não confundir com o movimento Mídia Ninja, que é independente de partidos e ideologias). Na foto acima, Bruno Torturra, criador do Coletivo Mídia Ninja e Capilé, aparecem com Haddad num evento do PT.
A estranha ONG recebe ajuda federal e municipal do PT, e Capilé é considerado “militante do partido” pelo próprio presidente nacional do PT, Rui Falcão, em video já exibido aqui no Blog da Tribuna. Mas Capilé diz que não recebe ajuda do PT, porque sua ONG seria autossustentável, acredite se quiser. Por fim, devemos reconhecer que essa “armação” do PT, usando as ONGs cooptadas para ajudar a derrubar Russomano, foi mesmo um golpe de mestre. (C.N.)
08 de agosto de 2013
Marília Neustein (Estadão)
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