"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 2 de agosto de 2013

METADE DAS OBRAS EM AEROPORTOS DA COPA ESTÁ ATRASADA


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A menos de um ano da Copa de 2014, metade das obras programadas para os aeroportos que servirão à competição a partir de junho engatinha ou nem começou.

Balanço feito pela Folha mostra que 10 obras não alcançaram 30% da execução. A lentidão afeta sobretudo capitais que sediarão o evento: Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Cuiabá, Fortaleza, Curitiba e Natal. (O cronograma em Manaus e Salvador, em contrapartida, está adiantado.)

Seis dos casos graves estão nas mãos da estatal Infraero.

Em Confins (MG) há três obras previstas, mas a mais adiantada delas, a ampliação do terminal de passageiros, está com 26% executados.

Já a construção de um novo terminal foi suspensa após o TCU (Tribunal de Contas da União) vetar o reajuste dos preços mínimos da concorrência, o que afastou todos os interessados. A Infraero começou a construir um terminal provisório em julho.

Em Porto Alegre (RS), a maior parte das obras de ampliação do terminal, do pátio e da pista não começou.

Pouco das expansões planejadas para Cuiabá (18%), Fortaleza (27%), Rio (22%) e Curitiba foi executado. As últimas começaram em maio deste ano, mas as do Rio se arrastam desde 2008.

PRIVADOS

A Infraero já reviu mais de uma vez o cronograma final de entrega das obras

Os dados oficiais apontam que mesmo o aeroporto privado de Natal, a primeira concessão do governo para obras aeroportuárias, está atrasado. A construção começou só em janeiro, quase um ano após o leilão.

O consórcio vencedor, Inframérica, afirma que 27,5% da obra havia progredido até o fim de junho -menos que os 31% prometidos no plano original entregue ao governo.

Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), responsável por fiscalizar a concessão, a companhia já foi notificada sobre atrasos. Mas, afirma a agência, embora a Inframérica tenha se comprometido a concluir as melhorias em Natal antes da Copa, ela só será punida se não entregá-las até janeiro de 2015, extrapolando os 36 meses previstos em contrato.

As obras de acesso viário ao aeroporto, de responsabilidade do governo estadual, também estão atrasadas e, após a troca da empreiteira, devem ser concluídas em maio, a um mês do evento.

Outros três aeroportos concedidos à iniciativa privada estão com os reparos mais avançados. Brasília alcançou 35%, Campinas, 36%, e Guarulhos, 50%. As concessionárias responsáveis por eles estão sujeitas a multa caso não concluam as obras até maio. 

Editoria de arte/Folhapress
 

 DIMMI AMORA
RENATA AGOSTINI

02 de agosto de 2013

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