"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 2 de agosto de 2013

OS "CRIMES" DE OLAVO DE CARVALHO, O DISCURSO PSICÓTICO DE BRENO ALTMAN, A ÓPERA IMUNDA E O TERROR NO BORDEL ESQUERDSTAI


          Artigos - Movimento Revolucionário 
Uma das lições que aprendi com Saul Alinsky nos diz muito sobre o comportamento de esquerdistas: “Poder não é apenas o que você tem, mas o que seu inimigo pensa que você tem”. O fato é que eles fazem tanta encenação que muitas vezes pessoas da direita acham que eles são imbatíveis.
Vejo por uma perspectiva diametralmente oposta: o bicho não é tão feio quanto parece, e, quando seus truques são revelados, eles são indefesos.
 
Note que eu não digo que é para cantarmos vitória antes da hora, mas sim que, basta divulgarmos os truques esquerdistas em larga escala, que eles se perdem. Claro que se não os desmascararmos em quantidade suficiente, eles vencem.
 
Isso pode ser constatado no espernear histérico de Breno Altman, diretor do site chapa branca Opera Mundi, atacando a direita que desmascara o Foro de São Paulo.
 
O primeiro de seus textos não é tão engraçado quanto o segundo, mas tem momentos reveladores.
Tudo começou com seu texto Por que a direita odeia o Foro de São Paulo?,  com o claro objetivo de defender o indefensável, isto é, o Foro de São Paulo. Ele começa com o truque de simular os participantes como vítimas, ao dizer que os oponentes do Foro os ameaçam de agressão. Para isso, ele cita um texto anterior, 
Às vésperas de encontro, Foro de São Paulo é vítima de ameaças de grupos direitistas,  dizendo que existem ameaças de agressão contra os participantes do Foro.
O problema é que eles nem sequer conseguiram relacionar essas ameaças aos eventos contra o Foro de São Paulo.
 
O texto de Breno tem um momento sensacional onde ele escreve: “Alguns meses após a queda do Muro de Berlim, nascia o Foro de São Paulo, a partir da articulação nuclear do PT com o PC cubano.” E, em seguida, ele resolve xingar Olavo de Carvalho, filósofo e cientista político que tem, como uma de suas maiores realizações na área da discussão política a descoberta do Foro de São Paulo há mais de quinze anos.
Nessa época, a esquerda petralha dizia que as denúncias de Olavo eram “teoria da conspiração”. Agora, Breno, em um momento onde reconhece que não há mais como esconder que o PT está por trás do Foro de São Paulo (que tem uma agenda socialista clara), é obrigado a reconhecer que todas as descobertas de Olavo em relação ao Foro estavam corretas.
 
Mesmo assim, Breno projeta toda a sua fúria nos outros, dizendo que, ao desmascarar o Foro de São Paulo, a direita está destilando “sua baba raivosa”. Ué, quer dizer que se alguém descobre um criminoso e, feliz por ter evidências em suas mãos a respeito de um crime, tem motivos para ficar com raiva? Que eu saiba é exatamente o oposto.
Todos os leitores de Olavo de Carvalho tem motivos de sobra para rir de satisfação, pois hoje podem dizer “Ué, mas não era teoria da conspiração?”, ridicularizando a forma como os petralhas tentaram esconder o Foro de São Paulo. Mas agora não há mais por onde escaparem.
 
Talvez por isso o argumento mais impactante dele é dizer que Olavo é um “filósofo de bordel”. Tradução: quando não há mais argumentos, a esquerda parte para a xingação, no procedimento que rotulo como provocação de parquinho, exatamente igual às crianças fazem no jardim de infância.
 
A resposta de Olavo foi publicada no mesmo site, e mostra de forma fulminante como é fácil ridicularizar esquerdistas desesperados.
O texto, intitulado Por que alguém gosta do Foro de São Paulo?, nos mostra a extrema habilidade de Olavo ao dar respostas rápidas e desconcertantes.
Eis o melhor momento, logo ao final:
 
Devo acrescentar, a essas considerações, uma nota pessoal. No artigo do sr. Bruno Altman fui chamado, sem maiores explicações, de “filósofo de bordel”. Embora o julgamento do Sr. Altman sobre quaisquer filósofos valha tanto quanto a sua sociologia, devo reconhecer que o rótulo não é totalmente descabido, de vez que tenho, de fato, dedicado bastante atenção filosófica a vários bordéis, lupanares, prostíbulos, alcoices, casas de tolerância, casas da tia ou como se queira chamá-los, cujas atividades espantosas requerem explicação. Há, entre inumeráveis outros, o bordel internacional do Foro de São Paulo, o bordel federal da Sra. Dilma Rousseff, o bordel ao ar livre da “Marcha das Vadias” e, agora, o bordel jornalístico do “Opera Mundi”.
 
Em termos de guerra política, Olavo está moralmente endossado a usar esta terminologia, pois, segundo o livro de regras de Breno (lembrem-se da regra de Alinsky: “faça o adversário sucumbir pelo seu próprio livro de regras”) associar um oponente ideológico a ações de “bordel” está liberado. Engraçado é ver, conforme mostrarei adiante, como Breno esqueceu a regra que criou um dia antes, quando escreveu seu primeiro texto.
Olavo identifica os padrões de sempre no discurso da esquerda marxista:
 
A resposta [à questão “Por que a direita não gosta do Foro de São Paulo?”], como não poderia deixar de ser em obra de tão criativa inteligência, vem pronta, copiada de qualquer manual de marxismo-leninismo: é “ódio de classe”, é a maldita burguesia inconformada de que após a queda da URSS o socialismo não morresse, mas prosperasse de vitória em vitória.
 
O discurso de guerra de classes de Breno é facilmente desmascarado por Olavo, ao demonstrar que o site Mídia Sem Máscara sobrevive de doações, enquanto o Opera Mundi (que dá emprego a Breno) está “num site protegido pelo bilionário Grupo Folha e subsidiado pela Petrobrás, empresa onde uma parte substantiva da nossa burguesia investe o seu querido capital.”
 
É claro que qualquer um percebe que todo o discurso de Breno não passa de truque, um show de encenação ridículo que não enganaria quem se especializa em investigar as fraudes do discurso de esquerda. É evidente que, se a direita não gosta do Foro de São Paulo, não é por que ela pertence à uma “classe privilegiada”, mas sim por que gosta de liberdade e se opõe a ditadura, pela qual lutam apaixonadamente todas as organizações do Foro de São Paulo.
 
Olavo dá um cheque-mate ao mostrar uma folha de realizações do Foro, mostrando que qualquer ser humano minimamente decente tem motivos para rejeitá-los. Eis a lista de realizações:
 
1) Deu abrigo e proteção política a organizações terroristas e a quadrilhas de narcotraficantes e seqüestradores que nesse ínterim espalharam o vício, o sofrimento e a morte por todo o continente, fazendo mesmo do Brasil o país onde mais cresce o consumo de drogas na América Latina.

 
2) Ao associar entidades criminosas a partidos legais na busca de vantagens comuns, transformou estes últimos em parceiros do crime, institucionalizando a ilegalidade como rotina normal da vida política em dezenas de nações.

 
3) Burlou todas as constituições dos seus países-membros, convidando cada um de seus governantes a interferir despudoradamente na política interna das nações vizinhas, e provendo os meios para que o fizessem “sem que ninguém o percebesse”, como confessou o sr. Lula, e sem jamais ter de prestar satisfações por isso aos seus respectivos eleitorados.



4) Ocultou sua existência e a natureza das suas atividades durante dezesseis anos, enquanto fazia e desfazia governos e determinava desde cima o destino de nações e povos inteiros sem lhes dar a mínima satisfação ou explicação, rebaixando assim toda a política continental à condição de uma negociação secreta entre grupos interessados e transformando a democracia numa fachada enganosa.

 
5) Gastou dinheiro a rodo em viagens e hospedagens para muitos milhares de pessoas, durante vinte e três anos, sem jamais informar, seja ao povo brasileiro, seja aos povos das nações vizinhas, nem a fonte do financiamento nem os critérios da sua aplicação. Até hoje não se sabe quanto das despesas foi pago por organizações criminosas, quanto foi desviado dos vários governos, quanto veio de fortunas internacionais ou de outras fontes. Nunca se viu uma nota fiscal, uma ordem de serviço, uma prestação de contas, um simulacro sequer de contabilidade. A coisa tem a transparência de um muro de chumbo.
 
Por isso, conclui Olavo, “Diante desses fatos, perguntar por que alguém odeia o Foro de São Paulo é perguntar por que a chuva molha ou por que as vacas dão leite em vez de botar ovos.” Ele prossegue: “É pergunta idiota de quem se faz de desentendido porque tem algo, e muito, a ganhar com uma cínica afetação de inocência.”
E, por fim, uma constatação óbvia:
 
O que toda inteligência normal e honesta deve perguntar, diante das obras e feitos do Foro de São Paulo, é, isto sim, como é possível alguém, sem ser parte interessada, gostar de uma porcaria dessas
 
Claro que Breno poderia ter ido dormir sem essa. Mas, já que foi refutado de forma humilhante, poderia ao menos ter ficado calado diante de argumentos que não pôde responder.
 
Mas é aí que a irritação, misturada com precipitação vergonhosa, falou mais alto, e a resposta dele foi com o post mais engraçado da série, intitulado A mão que balança o berço da violência.
A idéia é básica. Ao invés de refutar argumentos, ele embaralha e dá de novo usando truques para tentar demonizar o oponente.
É hora de dissecar estas pérolas de Breno:
 
O senhor Olavo de Carvalho faz parte de uma turma bem conhecida. A dos trânsfugas, com suas mentes atormentadas e rancores insones. Talvez seja o lobo mais boçal da alcateia, mas não está sozinho. Do mesmo clube fazem parte Reinaldo Azevedo, Arnaldo Jabor, Demétrio Magnoli, Marcelo Madureira e um punhado de outros. Foram todos, na juventude, militantes de esquerda. Hoje são a vanguarda do liberal-fascismo.
 
Na tentativa de xingar, Breno se esquece que Arnaldo Jabor, como esquerdista, é tão refutado por Olavo quanto a escória que segue o PT. Da mesma forma, Marcelo Madureira dificilmente se identificaria como alguém de direita, mas sim como alguém contra o PT. Na ótica demencial de Breno, quem é contra o PT “é de direita, e pertence à turma de Olavo”. Enfim, a “turma” a qual Olavo de Carvalho pertence, segundo diagnóstico de Breno, simplesmente não existe. Ou, ao menos, está mal identificada. O que no fundo dá no mesmo.
 
Ao escolher as palavras de forma desajeitada, chama Olavo de trânsfuga, provavelmente sem perceber que esse é um termo usado para definir oprimidos que são contra governos autoritários. Já o termo “boçal” cai na categoria de provocação de parquinho, mas é usado de forma infantil demais. Aliás, boçais são ignorantes, mas o oponente de Breno provavelmente conhece muito mais do esquerdismo do que ele próprio.
 
O momento mais engraçado é quando ele diz que Olavo e “sua turma” são a “vanguarda do liberal-fascismo.”
Espere aí, vamos com calma, muita calma nessa hora. Breno descobriu a chuva seca e o quadrado redondo. Ele simplesmente coloca dois conceitos que falam de objetivos opostos e unifica-os em um termo só.
 
Um liberal, conforme a acepção da direita, é opositor de todos os dogmas do fascismo. Assim, o termo “liberal-fascismo” não faz o menor sentido lógico. No que deve acreditar um “liberal-fascista”? Deixe-me tentar delinear o que se passa pela mente de Breno: Seria alguém que pede a não-intrusão do Estado na vida do povo pela manhã, mas no dia seguinte passa a pedir a intrusão? Aquele que pede a redução dos impostos e depois pede o aumento? Aquele que quer um estado grande e pequeno ao mesmo tempo? Em suma: que raios Breno quis dizer com “liberal-fascismo”? (Se alguém de esquerda quiser ajudar Breno e sua patrulha, deixo o espaço aqui aberto para qualquer um que tente desvendar este enigma)
 
O único propósito deste filósofo de bordel é semear intolerância e ódio contra ideias, organizações e vozes do campo progressista. A expressão, no caso, não tem o objetivo de rebaixar os frequentadores de lupanários e suas abnegadas profissionais. Apenas identifica um tipo clássico de charlatão, capaz de dissertar sobre vários assuntos sem conhecer qualquer um deles, para gáudio dos porcos que se refestelam com pérolas de conhecimento rasteiro.
 
Ué, de novo o termo “filósofo de bordel”? Pelo que se nota, ele não percebeu que a resposta é pronta. Sim, um filósofo de bordel é aquele que investiga coisas dignas de puteiros, ou seja, o discurso de gente como Breno. Ademais, esquerdismo só é progressismo no campo da auto-rotulagem. Basta alguém tentar reduzir a maioridade penal e veja se eles permitem o “progresso”. Tentar reduzir impostos então…  Claro que a esquerda hoje é muito mais reacionária que a direita.
 
O mais divertido é ver Breno dizer que Olavo “não conhece o assunto sobre o qual disserta”, mas, como sempre, este é o recurso da crítica não-especificada. Vejamos como isso ocorreria no mundo corporativo, onde Breno diria: “O Consultor X não sabe do que fala”. Outro: “Demonstre as falhas do conhecimento dele então”. Claro que Breno, de acordo com o texto que escreveu, não sobreviveria no mundo corporativo com um discurso desses. Só sobrevive mesmo em órgãos financiados com o dinheiro público…
 
Aliás, “conhecimento rasteiro”? Sim, é verdade. Olavo investiga o conhecimento rasteiro dos esquerdistas, e, pela falta de originalidade das provocações de parquinho de Breno, nota-se que humilhar o esquerdista em debate é fácil demais.
Agora, um momento mágico:
 
Sua primeira resposta ao artigo em que foi citado, aliás, é bastante reveladora de personalidade e padrão intelectual. “Fico no bordel olhando a sua mãe balançar as banhas diante dos clientes, e aproveito para meditar o grande mistério do parto anal”, escreveu o energúmeno. Não é uma gracinha? Tratado como professor e guru por seus áulicos, a verdade é que não passa de um embusteiro.
 
Na ótica de Breno, associar um oponente a bordel, com o uso de rótulos pejorativos, revela uma personalidade falha e padrão intelectual baixo. Mas foi exatamente isso que Breno tentou fazer em seu primeiro texto! Ao dizer que pessoas que associam oponentes a bordéis são embusteiros, o que ele diz pode ser traduzido da seguinte forma: “Eu sou um embusteiro”. Sim, claro que Breno é um embusteiro, pois ele não argumentou em momento algum e chamou o oponente de filósofo de bordel. Entretanto, a resposta de Olavo é apenas um revide elegante a uma provocação de baixo nível do esquerdista.
 
Ou então Breno tenta se fazer de vítima, mas, para este tipo de comportamento, o próprio Olavo já deu um diagnóstico (ver especialmente aos 6:30):
 

O experimento é simplesmente sensacional! Basta impor ao esquerdista a mesma ofensa que ele tentou fazer a você, que no momento seguinte ele se fará de vítima ofendida, como se jamais tivesse praticado a primeira ofensa. Dá para levar a sério, em termos intelectuais, gente desse naipe? Claro que não.
Mais:
 
Figuras desse quilate normalmente deveriam estar relegadas ao ostracismo. O degenerado Carvalho, porém, é representativo de valores e métodos das forças de direita. Mentiroso contumaz, atua como menestrel a animar suas hordas contra a democracia e a esquerda.
 
Será que Olavo realmente é contra a democracia? O problema é que o histórico dele é focado em idéias anti-totalitárias, enquanto o histórico de Breno se baseia no suporte a governos que massacraram suas populações.
 
Calça-frouxa, seu dedo não aperta o gatilho, mas vocifera mantras que estimulam a violência e exaltam gangues fascistas como as que atacaram integrantes do Foro de São Paulo na noite de ontem. Por essa razão, Opera Mundi decidiu publicar, com destaque, sua resposta. Nada mais daninho a um vampiro de corações e mentes, afinal, que a luz do dia.
 
Mas sabemos que são os mantras professados por Breno que mataram quase 200 milhões de pessoas no século XX, em genocídios praticados pelo estado contra seu povo. Além do mais, que evidências ele possui de que os alegados agressores de socialistas do Foro são de direita? A história nos mostra que esquerdistas adoram brigar com esquerdistas pelo poder. Em outra notícia, publicada pelo próprio Opera Mundi, nota-se que os agressores são de ideologia nazista ou fascista, e, portanto são de esquerda, tanto quanto são os adeptos do Foro de São Paulo.
 
Nisso Olavo acertou ao nos explicar que esquerdistas de vários tipos as vezes brigam entre eles pelo poder. Pois bem: até o momento as provas de que os agressores do pessoal do Foro de São Paulo (aliás, que agressão mais obscura – será que ocorreu mesmo?) são de direita, ou mesmo leitores de Olavo de Carvalho, não existem. Que Breno abra seu “caso” num discurso tão sem evidências também é algo que não deve surpreender mais os leitores deste blog.
 
Ainda assim, na mente psicótica de Breno, o tal texto de Olavo incriminaria este último na questão da agressão. Mesmo que tudo isso seja apenas um delirio maluco do esquerdista, há uma revelação importante: Breno não dá espaço ao oponente por que acha que o oponente tem o direito de resposta, mas sim por que acha que pode incriminá-lo por isso. Este ato falho de Breno revela muito sobre o caráter dele.
 
Outro ponto irônico: o uso do termo “calça-frouxa” para ofender. O nível é tão baixo que nem vale a pena comentar. E esse é o tal que se faz de ofendidinho…
 
O alvo da ocasião é uma entidade que, desde a fundação, realiza todas as suas reuniões de forma pública, abertas à cobertura de imprensa e até às provocações de mequetrefes. Os integrantes são partidos que lideraram revoluções populares, foram levados aos governos de seus países pelas urnas ou estão na oposição a administrações conservadoras. As agremiações mais antigas estiveram à frente, heroicamente, da resistência dos povos da região contra ditaduras que provocam nostalgia na canalha fascista.
 
Pois é, todas as reuniões são feitas “de forma pública”, mas nunca foram cobertas pela imprensa. Não há por onde Breno possa escapar: sem Olavo de Carvalho, a população não descobriria que várias organizações socialistas se aliam para obter poder para um grupo de burocratas usando a retórica socialista. Essa aliança é o Foro de São Paulo. Claro que Breno poderia ter refutado Olavo mostrando exemplos da mídia cobrindo o Foro de São Paulo. Matérias nos grandes jornais e nas grandes revistas? Claro que ele não apresentou provas deste tipo.
 
Quanto a “chegar ao poder pela via democrática” (mas corrompê-la a partir de dentro), essa é exatamente a estratégia gramsciana, que Olavo de Carvalho também nos explicou muito bem em suas obras. Breno é uma piada: ele tenta refutar Olavo confirmando tudo que Olavo afirmou. Assim nem tem graça.
 
O degenerado Carvalho tem saudades dos tempos da tortura e do desaparecimento, das prisões e assassinatos. Suas infâmias pueris para criminalizar o Foro de São Paulo evidenciam seus pendores, mas também denunciam desespero diante do avanço das correntes progressistas por toda a América Latina. Contorce-se de ódio. Os cães sempre ladram quando passa a caravana.
 
Para quem estudou propaganda, termos como “você está desesperado ante a nossa vitória iminente” valem menos que um peido, e só servem como exemplo do que podemos ridicularizar. Claro que não podemos negar que a esquerda marxista realmente obteve mais poder do que podemos considerar sadio em nosso continente. Mas o momento para “desespero” da direita já passou. Era o momento em que quase ninguém sabia sobre o Foro de São Paulo. Era o momento em que ninguém da direita sabia quem era Gramsci. Agora, o mistério está desfeito.
 
Aliás, hoje sabemos que a época da ditadura também foi uma era de esquerdismo, só que mais moderado do que o esquerdismo marxista. Por isso, entendemos a época da ditadura militar como um mal menor, mas isso não significa elogio aos militares. Significa apenas que não dá para ser pior que um governo marxista.
 
Quando dizemos que a “ditadura militar foi melhor que a tomada de poder pelos marxistas” não estamos elogiando os militares. É mais ou menos como uma crítica que li sobre o filme Hulk na Zerozen: “Hulk é um dos piores filmes de super-heróis já feitos. Só consegue ser melhor do que os do Batman. Mas esse tipo de comparação chega a ser covardia.” Entenderam? Ser melhor que Batman (da época de Tim Burton, não da fase Christopher Nolan, evidentemente) não significa absolutamente nada.
Dizer que o filme Hulk, de Ang Lee, é melhor que os filmes da série Batman, iniciada por Tim Burton e concluída por Joel Schumacher, não é um elogio.
Sempre que um esquerdista ridículo como Breno vier chamando você de “adorador da ditadura”, rebata com “nada disso, a ditadura militar foi melhor que uma ditadura marxista, mas isso não significa absolutamente nada”. Depois, ridicularize-o com comparações entre uma coisa horrível e outra ainda mais horrível…
 
Quem age na sombra e na penumbra, sem dar qualquer satisfação sobre como se financiam ou se organizam, são as quadrilhas do submundo reacionário, aquelas que se embevecem com a retórica dos vira-casacas e saem às ruas para atos de agressão covarde. Navegam na cultura política gerada pela máquina de comunicação do pensamento conservador, dedicada a estereótipos e amálgamas contra a esquerda.
 
Aqui é a teoria da conspiração de fato. O Olavo seria financiado por “fontes obscuras”. Obviamente, o tal Breno não apresenta evidências desse financiamento. Ele devia aprender com o próprio Olavo, que compilou caminhões de provas a respeito do Foro de São Paulo, e dai divulgou-as.
Aliás, onde está a “máquina de comunicação do pensamento conservador”? Seria a Rede Globo, que hoje tem novelas onde criam personagens para ridicularizar o Marco Feliciano? Ou o Arnaldo Jabor, que vive cultuando Barack Obama, um inimigo dos conservadores americanos? Nota-se que Breno enlouqueceu de vez e perdeu toda e qualquer conexão com a realidade. Bem que Lyle Rossiter equiparou o esquerdismo à uma doença mental.
 
 
Acho que o leitor já perdeu a conta de quantas vezes Breno usou o termo “fascista” para se referir ao oponente, certo? Tudo, como sempre, não passa de truque para esconder do leitor que fascistas, assim como marxistas e nazistas, viviam para inchar estados. O mesmo motivo que alguém tem para ficar contra um fascista, tem para ficar contra um nazista e um marxista.
Segundo Breno, Olavo “agride reputações”? De quem? Dos integrantes do Foro de São Paulo? Vejamos: antes tinham a reputação de não existirem como membros do Foro de São Paulo e agora, vários anos depois, com todas as informações divulgadas sobre o Foro são percebidos pela patuléia como organizadores de processos de tomada de poder por socialistas para consolidação de ditaduras. É, esta reputação realmente foi pelo ralo, por causa dos fatos divulgados…
 
Além do mais, se Olavo Carvalho só “diz mentiras”, qual dos cinco itens trazidos por Olavo, com FATOS sobre o Foro de São Paulo, é falso. Ou todos são falsos? Por que será que Breno nem sequer tentou refutar esses cinco itens? É claro que é o truque de chamar o oponente de mentiroso, mas sem dizer qual mentira o oponente disse. Até como cão de guarda de esquerda, Breno mostra que é de segunda categoria.
 
O filósofo tem o direito democrático de continuar sua cantilena no bordel que bem desejar e o aceitar. Mas toda vez que levantar sua voz para incitar o crime, ou gente de sua laia o fizer, a resposta deve ser pronta e imediata. Nunca é tarde para a devida dedetização ideológica dos vermes e insetos que funcionam como arma biológica do reacionarismo.
 
De novo a mania de “bordel”? Nota-se que “bordel” e “fascista” são suas duas palavras favoritas. Ambas voltaram-se contra ele, é claro.
 
Mas, para uma mente ditatorial como a de Breno (que torcia para que o Foro de São Paulo jamais fosse descoberto), trazer os fatos e mencionar as atas do Foro é um “crime”. Sendo assim, Olavo de Carvalho cometeu o crime de investigar grupos governistas totalitários e revelar o conteúdo das atas das reuniões deles.
 
Para finalizar, Breno ainda não tem noção da posição da direita na guerra política atual. Pois a esquerda sempre difamou e atacou a direita, e não há mais nada que a esquerda possa fazer contra a direita, em termos de ataque midiático, do que já fez. Na guerra política, a única mudança de cenário é que a direita agora tem uma voz, e não apenas uma.
 
O Foro de São Paulo já não é mais denunciado exclusivamente por Olavo de Carvalho. Vários autores de direita, influenciados por ele, já tem condições de denunciar as artimanhas de grupos socialistas da América do Sul. Da mesma forma, já conseguem entender como os gramscianos pensam e agem. Por minha parte, já conseguem entender melhor as táticas de combate político de Saul Alinsky e, especialmente, a guerra política de frames de George Lakoff.
 
A esquerda até hoje só obteve espaço por que não foi combatida de forma assertiva e estratégica (em termos políticos) no campo das idéias. A existência da hegemonia cultural fez com que eles, mesmo ineptos tanto em cultura como intelecto, conseguissem transmitir suas idéias sem contestação do oponente. Hoje seus atos são desnudados por uma nova safra intelectual da direita, que está tornando a população de direita cada vez mais bem informada. Claro que há muito trabalho pela frente e estamos apenas começando.
 
Tanto que é muito fácil hoje em dia lermos conteúdo de gente como Breno Altman e encontrar uma caminhão de fraudes por lá. As ofensinhas, as provocações de parquinho, os truques de propaganda, os clichês e os cacoetes. Todos eles são vistos como parte de uma ópera imunda, que ainda faz sucesso suficiente perante legiões de zumbis para garantir poder a gente como Correa, Castro, Kirchner e Lula. Mas agora há contestação das imundícies da escória de esquerda. E o mais divertido de tudo: neste segundo texto de Breno, não ocorreu nenhuma refutação ao texto anterior de Olavo. É como eu tenho dito: é só botar pressão que eles espanam. Estamos no caminho certo.
 
Olavo de Carvalho é o filósofo que investiga o puteiro. Breno Altman trabalha no puteiro. Ele não ia aguentar mesmo…
 
02 de agosto de 2013
Luciano Ayan

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