"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 2 de agosto de 2013

O DANTESCO INFERNO DE 'GUARDANAPO' CABRAL, DEPOIS DAS CHAMPANHOTAS E HELICÓPTEROS

Acuado por protestos, Cabral, cúmplice de Lula e Dilma, diz que não renuncia
 
 

Governador do Rio pode sair sem concluir mandato para concorrer ao Senado.  Plano de peemedebista é abrir caminho para vice ganhar projeção e filho disputar vaga na Câmara dos Deputados
 
 
Acuado por manifestações quase diárias nas ruas pedindo que deixe o cargo, o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), disse ontem em entrevista à Folha que a pressão popular não o fará renunciar.
 
Mas ele admitiu que poderá sair antes de concluir seu mandato para concorrer ao Senado nas próximas eleições e abrir caminho para ajudar seu vice, Luiz Fernando Pezão, candidato à sua sucessão, e seu filho, Marco Antônio, que quer ser deputado.
 
"Estou acostumado com vaias e aplausos", disse Cabral, lembrando que a legislação permite que ele se afaste do cargo até abril de 2014 para disputar as eleições.
 
Apesar do desgaste sofrido por seu governo, que recebeu a pior avaliação dos 11 governadores pesquisados pelo Ibope em julho, Cabral afirmou que não há hipótese de que uma eventual chapa à sua sucessão tenha o PT na cabeça e Pezão como vice.
 
O senador Lindbergh Farias (PT) quer ser candidato a governador e pressiona o PT a lançá-lo em vez de manter sua aliança com Cabral.
"Minha única opção é ficar no governo, trabalhando", afirmou Cabral. "O que eu mais quero é eleger o Pezão."
Com manifestantes acampados desde segunda-feira na esquina da rua onde mora, no Leblon, zona sul da cidade, Cabral vê no movimento contra seu governo a participação de grupos de oposição.
 
O governador evita citar nomes, mas diz que nos protestos estão "filiados e pessoas simpáticas a eles", referindo-se ao ex-governador Anthony Garotinho (PR) e ao deputado Marcelo Freixo (PSOL).
 
Cabral admite que a revolta contra seu governo foi provocada por erros cometidos ao longo dos sete anos de sua gestão, mas disse que ainda não entende por que o descontentamento popular chegou a esse ponto.
 
"Isso [o desgaste] pode ocorrer em determinados momentos com as pessoas públicas. A gente erra mesmo, e acaba se perguntando: por que chegamos a esse ponto de falta de diálogo, de percepção, de sensibilidade para sentar à mesa? É uma autocrítica que faço com a maior humildade mesmo", disse.
 
Cabral diz que não é o único alvo da revolta da população, afirmando que em outros Estados também existem manifestações. Mas reclama da "coação à sua família" pelo movimento "Ocupa Cabral".
 
"É quase que uma coação física, vão para a esquina, ficam ali. Aí, a polícia aumenta o efetivo, meus filhos ficam olhando, é uma situação muito ruim", disse, afirmando que tem conseguido entrar sem problemas no prédio. "O que eu posso fazer? Eu moro ali."
 
Sobre o suposto abuso do uso de helicópteros por ele e sua família, Cabral disse que tudo o que fez foi sob orientação do gabinete militar, por questão de segurança.
 
"É evidente que eu tenho um senso ético. A minha família sempre recebeu recomendações do gabinete militar e eu sempre as segui."
 
"O helicóptero era para minha segurança. Queria evitar batedores, uma estrutura de segurança maior, porque isso gera um inconveniente na cidade."

02 de agosto de 2013

Um comentário:

  1. E ELE DIZ USA O HELICÓPTERO PARA EVITAR BATEDORES?
    MAS ESSE SUJEITO NÃO TEM A MENOR PERCEPÇÃO DA REALIDADE, ALIÁS COMO A QUASE TOTALIDADE DOS POLÍTICOS BRASILEIROS.

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