"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 30 de abril de 2013

CARTA ABERTA AO CONSELHEIRO PAULO DE MELLO VIDAL

 

 
Existem 17 diplomatas que recebem em média 20 mil Reais por mês, mas não dão expediente, eufemismo para dizer, não aparecem no trabalho. Entre estes consta o conselheiro. Paulo de Mello Vidal, sem lotação desde 2009, mas percebendo mensalmente R$ 17.384,92.
 
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Passados 10 dias ele envia o seguinte bilhete (publicado ao pé do artigo), como um agradecimento irônico:
 
“Muito obrigado Senhor Giulio Sanmartini por atacar a minha honra e reputação e de meus colegas profissionais pela imprensa. Que artigo e que título. O Senhor se orgulha do que faz? Eu não faria isso. Nunca fiz. Sempre defendi meu País e meus cidadãos trabalhando no exterior. Sempre procurei construir minha vida e nunca destruir a vida dos outros, como o Senhor está fazendo comigo . Paulo Vidal”.
 
O fato de ter tornado sua queixa pública me permite responder-lhe por carta aberta.
 
***
 
Prezado conselheiro Paulo de Mello Vital
 
De uma certa forma me causou espécie o histrionismo jogralesco que o senhor usou para me admoestar.
 
Deve haver algum equívoco ou algo está me escapando, não consegui entender onde possa ter atacado sua honra ou sua reputação, jamais cometeria uma leviandade desse tipo.
Fiquei sem saber se a notícia que veiculei não é verdadeira; seria muito interessante que essa dúvida me fosse elucidada.

O título do artigo pode não ser de seu gosto, “de gustibus et coloribus non disputandum est”, mas semanticamente não está errado.
 
Pelo fato de ter vivido 50 anos no Brasil e ter minha cultura cívica formada no país, mesmo sendo italiano de nascimento, aqui na Itália sou tratado como “il brasiliano”.
 
Jamais tentei destruir a vida de quem quer que seja, nem sei onde o senhor foi buscar a afirmação que esteja a destruir a sua; é uma acusação cruel e injusta.
 
Encerro minha carta, deixando-lhe as páginas deste blog abertas e também lhe passo minha caixa postal pessoal, se quiser usá-la (sanmartinix@tin.it.)
 
Só tenho a dizer que não tenho o hábito de censurar o que quer que seja, a não ser calúnias.
Fico aguardando sua resposta sobre a veracidade ou não do que publiquei; me é importante.
Sem mais, atenciosamente
 
30 de abril de 2013
Giulio Sanmartini (historiador)
 
(*) Foto: José Maria da Silva Paranhos Junior, barão do Rio Branco.

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