“Em nossos tempos, o bem comum está cada vez mais ameaçado pelo crime organizado e transnacional, pelo uso indevido do mercado e da economia, além do terrorismo”.
Vai ser um Deus nos acuda se o Papa Francisco repetir esse comentário para a Presidenta Dilma da Silva ou para o Governador Serginho Cabral, durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Brasil. O Hermano de Dios pontificou tal declaração ao analisar a importância da recente atualização do código penal da Igreja Católica (o Motu Proprio).
Os previsíveis discursos do argentino Jorge Mario Bergoglio, pregando valores essenciais como a simplicidade, a seriedade, a honestidade, a ética e o compromisso com as coisas e causas públicas, devem apavorar nossos políticos. Pelo imenso mal que fazem, eles são autocandidatos naturais ao purgatório ou a uma pena maior, de prisão perpétua, no Inferno. Claro, isto não vai acontecer com a nossa corrupta classe política porque o Diabo não vai aceitar concorrência desleal em seu próprio território.
O primeiro latino a chegar ao posto máximo da Igreja Católica chega ao Brasil no próximo dia 22. Na Jornada Mundial da Juventude, entre os dias 23 e 28, fatalmente será obrigado a encontrar, algumas vezes, com Serginho Cabral. O governador anda pagando caro pelos pecados da vaidade e da luxúria.
A revista Veja o ferrou com a reportagem sobre o “Voo das Babás”. Todo mundo ficou indignado em saber que Cabralzinho usa o Helicóptero oficial do Estado (um sofisticado modelo Augusta, avaliado em R$ 19,6 milhões) para transportar sua família (empregadas incluídas) do Rio de Janeiro até a famosa mansão de Mangaratiba.
Nem o Vaticano, do franciscano jesuíta hermano Papa Francisco, deve ter uma frota exclusiva de sete helicópteros para atender o governador, vice, secretários, presidentes de autarquias e chefes dos poderes, como tem o Estado do Rio de Janeiro.
Certamente, o Papa Francisco que prefere andar de ônibus e andava de metrô na Argentina não gostaria de manter uma frota para taxi-aéreo como a do Cabralzinho – avaliada em R$ 49,8 milhões. Melhor Cabral nem oferecer carona ao pontífice na sua mordomia voadora...
Com certeza, o encontro do Francisco com a Dilma (ou com o Serginho) marcará mais uma simbólica e radical diferença entre o certo e o muito errado.
Que Deus – na figura do Papa - inspire mudanças verdadeiras na mentalidade do brasileiro – viciado historicamente em tirar o máximo de proveito do poder estatal, pela via legal ou ilegal.
Sonhar com isto custa nada... Mas se o Papa (que é pop e não poupa ninguém) der uma ajudinha, junto com o bom Deus, tudo fica mais fácil.
Para a mudança de verdade acontecer, vamos ter que rezar muito e tomar ainda mais vergonha na cara como cidadãos-eleitores-contribuintes.
Afinal, o “milagre” somos nós quem temos obrigação cívica de produzir, urgentemente.
Calma, São Pedro vai te chamar...
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
13 de julho de 2013
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
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