O ex-ministro Marcio Thomaz Bastos, defensor do empresário-bicheiro Carlos
Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, começa a mostrar sua estratégia,
semelhante à que está usando no julgamento do Mensalão para tentar livrar um
diretor do Banco Rural e beneficiar quase todos os demais réus.
No caso de Cachoeira, Thomaz Bastos argumenta usando o vínculo do contraventor com o senador Demóstenes Torres (ex-DEM, atualmente sem partido) para tentar anular na Justiça a validade da investigação.
No Supremo, ele diz o contrário: que os réus que não têm mandato devem ser julgados pela Justiça comum.
É uma desfaçatez fora do comum, como se Thomaz Bastos morasse em Gotham City e fosse o “Duas Caras”, aquele inimigo do Batman.
Reportagem de Leandro Colon e Fernando Mello, publicada na Folha , mostra que na defesa apresentada em Goiás, os advogados do escritório do ex-ministro alegam que o caso, por envolver um parlamentar, deveria ter sido remetido ao Supremo Tribunal Federal e que, portanto, as provas obtidas por decisão judicial de primeira instância seriam ilegais.
O argumento da defesa de Cachoeira é semelhante ao de Demóstenes no próprio STF. E uma eventual anulação poderia inviabilizar a CPI no Congresso, que é amparada sobretudo na gravação de diálogos entre o grupo do empresário e políticos de diferentes partidos.
Se a Justiça atender a Thomaz Bastos, será a desmoralização completa. É melhor modificar a estátua que existe diante do Supremo e colocar logo a balança pendendo para o lado do Palácio do Planalto.
27 de abril de 2012
Carlos Newton
No caso de Cachoeira, Thomaz Bastos argumenta usando o vínculo do contraventor com o senador Demóstenes Torres (ex-DEM, atualmente sem partido) para tentar anular na Justiça a validade da investigação.
No Supremo, ele diz o contrário: que os réus que não têm mandato devem ser julgados pela Justiça comum.
É uma desfaçatez fora do comum, como se Thomaz Bastos morasse em Gotham City e fosse o “Duas Caras”, aquele inimigo do Batman.
Reportagem de Leandro Colon e Fernando Mello, publicada na Folha , mostra que na defesa apresentada em Goiás, os advogados do escritório do ex-ministro alegam que o caso, por envolver um parlamentar, deveria ter sido remetido ao Supremo Tribunal Federal e que, portanto, as provas obtidas por decisão judicial de primeira instância seriam ilegais.
O argumento da defesa de Cachoeira é semelhante ao de Demóstenes no próprio STF. E uma eventual anulação poderia inviabilizar a CPI no Congresso, que é amparada sobretudo na gravação de diálogos entre o grupo do empresário e políticos de diferentes partidos.
Se a Justiça atender a Thomaz Bastos, será a desmoralização completa. É melhor modificar a estátua que existe diante do Supremo e colocar logo a balança pendendo para o lado do Palácio do Planalto.
27 de abril de 2012
Carlos Newton
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