…Ou quem sabe, talvez seja os dois ao mesmo tempo. Me refiro ao ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Ele para justificar os atrasos e a confusão que se formou em trono da Copa do Mundo de 2014, valeu-se do argumento mais primário sempre usado pelos petistas: “A culpa é da Imprensa”.
Nesse domingo passado, estando a Barretos para inaugurar um campo de futebol, descaradamente afirmou: “Vejo uma preocupação dos jornalistas, da imprensa em geral. Não vejo desconfiança da sociedade. Não acho que as pessoas estão duvidando que o Brasil não possa fazer uma Copa à altura das expectativas do mundo."
Não satisfeito continuou a bater na mesma tecla: “Provavelmente, ninguém compraria jornal que tivesse manchete: está tudo bem, tudo normal, tudo tranqüilo. Talvez, essas notícias não vendessem tanto se comparada a outras que informassem os defeitos, os problemas, as deficiências”.
Disse, confundindo alhos com bugalhos, que o mais difícil não é levantar um estádio como o de Manaus, mas construir uma cidade inteira.
“Construímos Brasília, a capital do país, uma coisa grandiosa. Como, agora, nós vamos nos atrapalhar com uma Copa do Mundo? Essa é a vigésima Copa. Não há segredos ou mistérios na organização de um evento como esse”.
E terminou com chave de ouro (em termo de besteira) Dizendo que a Copa oferece a oportunidade de o país mostrar “o valor, inteligência e capacidade do brasileiro para superar as dificuldades”.
Todavia, o ministro deveria combinar com o embaixador honorário da Copa, Pelé.
Ele fez as críticas de forma discreta e quase indolor para os menos esclarecidos: “Eu fiz uma brincadeira e disse que a Dilma me convidou para ser embaixador e estou aqui para apagar fogueiras.
Há coisas que não dá para a gente entender. Somos todos brasileiros… Um exemplo: a presidente me pediu para ir ao Rio Grande do Sul porque estava dando aquele problema com o Grêmio e o Internacional. A Copa das Confederações já estava decidida que seria no campo do Inter.
O Inter atrasou um pouco as obras, o Grêmio adiantou a construção do seu campo e queria dar uma rasteira no Inter. Agora, infelizmente, aconteceu esse negócio lá no Rio, no Maracanã, esse problema por causa da (Construtora) Delta, do (Carlinhos) Cachoeira. No próprio Brasil, um evento aqui dentro e essas brigas… Não tem porquê, não dá para entender.
Há muita coisa atrasada, mas, se Deus quiser, vamos nos sair bem”.
Esse fecho de Pelé me fez lembrar a música Conselho de Mulher de Adoniran Barbosa, cuja estrofe final diz assim: Quanto tempo nóis perdeu na boemia./ Sambando noite e dia, cortando uma rama sem parar./ Agora iscuitando o conselho das mulheres./Amanhã vou trabalhar, se Deus quiser, mas Deus não quer! (ouça a música com o próprio: Pogréssio)
22 de maio de 2012
Giulio Sanmartini
(*) Charge de Mário Allberto
Nesse domingo passado, estando a Barretos para inaugurar um campo de futebol, descaradamente afirmou: “Vejo uma preocupação dos jornalistas, da imprensa em geral. Não vejo desconfiança da sociedade. Não acho que as pessoas estão duvidando que o Brasil não possa fazer uma Copa à altura das expectativas do mundo."
Não satisfeito continuou a bater na mesma tecla: “Provavelmente, ninguém compraria jornal que tivesse manchete: está tudo bem, tudo normal, tudo tranqüilo. Talvez, essas notícias não vendessem tanto se comparada a outras que informassem os defeitos, os problemas, as deficiências”.
Disse, confundindo alhos com bugalhos, que o mais difícil não é levantar um estádio como o de Manaus, mas construir uma cidade inteira.
“Construímos Brasília, a capital do país, uma coisa grandiosa. Como, agora, nós vamos nos atrapalhar com uma Copa do Mundo? Essa é a vigésima Copa. Não há segredos ou mistérios na organização de um evento como esse”.
E terminou com chave de ouro (em termo de besteira) Dizendo que a Copa oferece a oportunidade de o país mostrar “o valor, inteligência e capacidade do brasileiro para superar as dificuldades”.
Todavia, o ministro deveria combinar com o embaixador honorário da Copa, Pelé.
Há coisas que não dá para a gente entender. Somos todos brasileiros… Um exemplo: a presidente me pediu para ir ao Rio Grande do Sul porque estava dando aquele problema com o Grêmio e o Internacional. A Copa das Confederações já estava decidida que seria no campo do Inter.
O Inter atrasou um pouco as obras, o Grêmio adiantou a construção do seu campo e queria dar uma rasteira no Inter. Agora, infelizmente, aconteceu esse negócio lá no Rio, no Maracanã, esse problema por causa da (Construtora) Delta, do (Carlinhos) Cachoeira. No próprio Brasil, um evento aqui dentro e essas brigas… Não tem porquê, não dá para entender.
Há muita coisa atrasada, mas, se Deus quiser, vamos nos sair bem”.
Esse fecho de Pelé me fez lembrar a música Conselho de Mulher de Adoniran Barbosa, cuja estrofe final diz assim: Quanto tempo nóis perdeu na boemia./ Sambando noite e dia, cortando uma rama sem parar./ Agora iscuitando o conselho das mulheres./Amanhã vou trabalhar, se Deus quiser, mas Deus não quer! (ouça a música com o próprio: Pogréssio)
22 de maio de 2012
Giulio Sanmartini
(*) Charge de Mário Allberto
Nenhum comentário:
Postar um comentário