"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 22 de maio de 2012

100% 200% 300% PREPARADOS

AS ARMAS(?) E A APOSTA DA VEZ, OUTRA VEZ : Pacote mostra que governo tem pressa
 
100%/200%/300% PREPARADOS, AS ARMAS(?) E A APOSTA DA VEZ, OUTRA VEZ : Pacote mostra que governo tem pressa
As medidas de estímulo à economia anunciadas no fim da tarde de ontem são a prova de que o governo brasileiro tem pressa.

A Fazenda deu três meses para montadoras, concessionárias e bancos desovarem estoques de automóveis com preços e condições de financiamento atraentes. Os empresários também terão até 31 de agosto para tirar da gaveta planos de investimentos abandonados no ano passado.

Foi ação urgente e cirúrgica para empurrar a economia no fim do 2 trimestre e fazê-la entrar no 3 num ritmo compatível com um PIB mais próximo de 4% que de 3% em 2012.

Assim, faz sentido privilegiar, de novo, a cadeia automotiva. O segmento se comunica com vários outros setores industriais, da mineração à siderurgia, das resinas petroquímicas à produção de plásticos e pneus. Sem contar o varejo. Silvio Sales, economista da FGV, estima que fabricantes de automóveis e autopeças representam 11,3% da produção industrial medida na pesquisa mensal do IBGE.

O próprio instituto admite que a cadeia se liga a um quarto da produção total. Já lojas de carros, motos e autopeças representam 35% das vendas do varejo. "A queda tanto na produção quando nas vendas no início de 2012 é o que, para o governo, justificaria nova rodada de estímulos ao setor", diz Sales.

Se a venda de carros reage, a economia vai junto.
É a aposta da vez.
22 de maio de 2012
Negócios & CIA O Globo

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