Por isso precisa desesperadamente ser absolvido no Supremo. Isso explica a tramoia contra a imprensa, o Judiciário e a Procuradoria-Geral da República
“Lula e Dirceu se uniram nessa batalha por motivos diferentes. O primeiro não quer que seu governo fique com a marca de ter protagonizado o maior escândalo da história republicana. Se for superado, será pelo próprio petismo - algo me diz que, bem investigada, as relações do governo federal com a Delta pode disputar o primeiro lugar. Lula já reescreveu o passado, fez com o presente o que bem quis - porque boa parte da crítica política houve por bem suspender o juízo - e agora pretende aprisionar o futuro. Tem alma de ditador, mas contida por uma institucionalidade que nunca foi de seu agrado. De todo modo, está de olho na história.
Dirceu não! Dirceu está mesmo é de olho num, como direi, futuro mais próximo, que já começa a ser presente. Lula, é fato, perdeu muito de seu vigor. Ainda que venha a recobrar a saúde possível, já não é mais aquela força da natureza. Poucos se deram conta de que o PT começa a ensaiar os primeiros passos da sucessão - não sucessão formal, claro! Esta é irrelevante. O partido começa a dar os primeiros passos em busca da nova força unificadora. A máquina é gigantesca, e esse é um processo muito lento.”
Mandam-me aqui um link de um desses delírios que andam por aí. Não é de todo imprestável. Trata-se de um site que funciona como porta-voz do José Dirceu — uma coisa, assim, de parceria mesmo, semelhante à relação entre Carlinhos Cachoeira e a Delta…
O texto trata José Dirceu como o homem mais importante do PT depois de Lula!!! Como não sai nada ali que não conte com a aprovação do Zé, isso é que ele pensa de si mesmo e o que anda espalhando na praça.
Viram só? Acreditem em mim! No dia 11 deste mês, publiquei aqui um post intitulado “José Dirceu, acreditem!, prevê massas nas ruas se for condenado pelo STF!!! Ou: na raiz da pantomima do Zé está a briga pelo espólio do PT. A lenta sucessão no partido já começou“. Nesse texto, eu indagava por que Lula e Dirceu estavam tão desesperados para centrar fogo na imprensa e melar o processo do mensalão. E respondi (volto depois):
“Lula e Dirceu se uniram nessa batalha por motivos diferentes. O primeiro não quer que seu governo fique com a marca de ter protagonizado o maior escândalo da história republicana. Se for superado, será pelo próprio petismo - algo me diz que, bem investigada, as relações do governo federal com a Delta pode disputar o primeiro lugar. Lula já reescreveu o passado, fez com o presente o que bem quis - porque boa parte da crítica política houve por bem suspender o juízo - e agora pretende aprisionar o futuro. Tem alma de ditador, mas contida por uma institucionalidade que nunca foi de seu agrado. De todo modo, está de olho na história.
Dirceu não! Dirceu está mesmo é de olho num, como direi, futuro mais próximo, que já começa a ser presente. Lula, é fato, perdeu muito de seu vigor. Ainda que venha a recobrar a saúde possível, já não é mais aquela força da natureza. Poucos se deram conta de que o PT começa a ensaiar os primeiros passos da sucessão - não sucessão formal, claro! Esta é irrelevante. O partido começa a dar os primeiros passos em busca da nova força unificadora. A máquina é gigantesca, e esse é um processo muito lento.”
Voltei
Viram só? O Zé já se apresenta como o sucessor de Lula. Afinal, o que acontece com o “mais importante” depois do primeiro quando esse primeiro começa a sair de cena?
O Zé sabe que, para que isso seja possível (não que seja fácil; há setores do próprio petismo que o abominam), ele não pode contar com o peso de uma condenação nas costas. A primeira condição é não ser um condenado.
Daí a campanha de difamação contra a imprensa, o STF e a Procuradoria-Geral da República.
Tudo está mais claro que nunca! E, vocês sabem, descobri primeiro, certo?
Reinaldo Azevedo
19 de maio de 2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário