"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 20 de janeiro de 2013

30 ANOS SEM MANÉ GARRINCHA, O MAIOR DRIBLADOR DE TODOS OS TEMPOS

 

Neste 20 de janeiro de 2013, data destinada ao padroeiro da cidade do Rio de Janeiro, São Sebastião, faz 30 anos que Manuel Francisco dos Santos, o Mané Garrincha, nos deixou. O “Anjo das Pernas Tortas” encantou, com sua irreverência de dribles desconcertantes, plateias de todo o mundo.


Lá vai ele…

Garrincha foi, sem dúvida (tive a felicidade de vê-lo jogar e treinar), o maior driblador de todos os tempos da história do futebol. Infelizmente foi vencido, aos 49 anos, pelo vício do alcoolismo, um mal que afeta milhões de pessoas no mundo.

Mané Garrincha completaria, em 28 de outubro de 2013, 80 anos de idade. Uma lenda do futebol-arte, bicampeão do mundo, a ser reverenciado ad eternum. Talvez ninguém o tenha homenageado tão magistralmente quanto o mestre das letras Carlos Drummond de Andrade, num texto memorável.

“Não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho”, disse Drummond.

Se há um Deus que regula o futebol, esse Deus é sobretudo irônico e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios. Mas, como é também um Deus cruel, tirou do estonteante Garrincha a faculdade de perceber sua condição de agente divino. Foi um pobre e pequeno mortal que ajudou um país inteiro a sublimar suas tristezas. O pior é que as tristezas voltam, e não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho”. (Carlos Drummond de Andrade)

20 de janeiro de 2013
Milton Corrêa da Costa

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