O grupo desenhou uma cruz no gramado principal formada com baldes e vassouras. O gesto, segundo o coordenador do movimento, representa a necessidade do Senado "limpar" sua imagem, elegendo um candidato "ficha limpa" para o comando da instituição.
"Pretendíamos fazer um ato simbólico de lavagem da rampa. Seria uma experiência lúdica de uma demanda da sociedade, que não quer ter um presidente ficha suja", disse o presidente da ONG Rio de Paz, Antônio Carlos Costa.
Andre Borges/Folhapress
Protesto contra Renan Calheiros pede "faxina" no Congresso Nacional
A organização não-governamental é responsável por recolher assinaturas, em uma petição eletrônica, contra a candidatura de Renan. O grupo argumenta que a eleição do líder do PMDB para a Presidência do Senado representa um "tapa na cara da sociedade brasileira e mais um passo das lideranças políticas que hoje controlam o Congresso Nacional para a desmoralização do parlamento".
A entidade afirma que as acusações contra Renan, agravadas com denúncia do procurador-geral da República contra o senador encaminhada ao STF (Supremo Tribunal Federal) na última sexta-feira, torna "inaceitável" que o peemedebista retorne ao cargo.
"São informações inaceitáveis e repugnantes contra o Renan. Não somos um movimento anti-corrupção, mas a corrupção ajuda a matar. Por isso, temos que nos mobilizar", afirmou Costa.
A manifestante Junia Mendes levou os dois filhos, de 9 anos e 5 meses, para participarem do ato político. Com baldes e vassoura na mão, ela disse que as crianças precisam "saber o que está se passando na política brasileira".
O grupo tentou conseguir autorização para lavar a rampa, mas o comando do Senado impediu o ato político. Para evitar confronto com os policiais, os manifestantes decidiram não executar o protesto inicial.
PETIÇÃO
A petição eletrônica contra Renan soma o apoio de mais de 80 mil pessoas.
A bancada do PMDB se reúne amanhã para formalizar o nome de Renan, que ainda não se declara candidato. O líder do PMDB é favorito para ganhar as eleições. Até agora, apenas o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) lançou seu nome na disputa, mas o grupo dos chamados "independentes" se articula para lançar o senador Pedro Taques (PDT-MT) na corrida à Presidência do Senado.
Em 2007, Renan renunciou ao comando da Casa em meio a uma série de denúncias - entre elas, a de usar dinheiro de uma empreiteira para pagar pensão da filha. O senador conseguiu manter o mandato, absolvido duas vezes pelo plenário do Senado, mas no acordo renunciou à Presidência.
30 de janeiro de 2013
GABRIELA GUERREIRO - Folha Online
Por favor divulgue este abaixo-assinado de protesto contra a escolha de Renan Calheiros como presidente do Senado.
ResponderExcluirObrigado
http://www.avaaz.org/po/ficha_limpa_no_senado_renan_nao/?fSSbJdb&pv=4