O FAROL DO PETISMO - O caudilho morto (acima, com Lula) será o principal cabo eleitoral da campanha de seu sucessor (Fernando Lanno/AP)
Em 1998, ano em que Hugo Chávez chegou ao poder na Venezuela, o PT perdeu a terceira eleição presidencial seguida no Brasil. A derrota rachou o partido. Um grupo continuou satanizando os Estados Unidos, tecendo loas a Cuba e defendendo a reforma agrária radical, o controle da imprensa, a expropriação de empresas estrangeiras e o apoio a movimentos guerrilheiros.
Outro grupo, mais poderoso, se rendeu ao pragmatismo, aliou-se a partidos conservadores, atraiu empresários e contratou um marqueteiro renomado para eleger Lula presidente quatro anos mais tarde. Se poucas questões unem as duas alas petistas, a admiração ao ditador venezuelano agora morto e o apoio ao seu governo estão entre elas.
Para os radicais, Chávez é motivo de inveja, uma vez que fez na Venezuela tudo o que eles sonhavam fazer no Brasil. Já para os pragmáticos, o caudilho era um parceiro comercial importante. Amigo de Chávez, José Dirceu - o ex-chefe da Casa Civil de Lula, condenado a dez anos e dez meses de prisão por ter comandado o mensalão - liderou o apoio do PT ao governo chavista e trabalhou na prospecção de negócios para empresas brasileiras naquele país. Em troca, elas financiavam campanhas do partido.
10 de março de 2013
Veja
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