O
Chávez foi - se.
Mas
que bela herança legou para o socialismo macetoso que se alastra abaixo da Linha
do Equador.
Sem
duvida, não foi o primeiro esperto a manipular a frágil democracia, onde pelo
seu conceito, a escolha da maioria decide qualquer
coisa.
Um
grupo composto por dez pessoas para decidir alguma coisa, o voto de meia dúzia
sacramentará,democraticamente, o assunto em pauta.
Hoje,
no “imbróglio” político sul - americano viceja a esperteza de cooptar, pagar,
trocar com os membros do grupo que, eventualmente discordam, qualquer tipo de
moeda de troca, pois o universo da política, de há muito abriu mão da dignidade,
e a turminha é cretinamente dedicada a levar vantagem em
tudo.
Portanto,
é fácil para uma entidade, e quanto mais cretina melhor, que disponha de alguma
força (poder, massa de manobra, recursos, mídia...) para impor a sua vontade ou
possuir em suas mãos um punhado deargumentos convincentes (cargos, verbas,...),
obter, democraticamente, a sua impunidade e, até a institucionalização da sua
tirania.
E
assim, sem lenço e sem documento, caminhou com raro esplendor o clone do Fidel
Castro.
Se
o Chávez não foi o primeiro, contudo usou com maestria, a indefesa democracia
para se agarrar ao poder durante longos anos.
Em
diversos países, assistimos ao êxito das práticas difundidas pelo imponente
falastrão. E lá estão o Equador, a Argentina... e até o
Brasil.
O
domínio é paulatino, contínuo, e vai sendo enfiado sem vaselina, e com a
complacência da população, e o pior, a dos segmentos esclarecidos da
sociedade.
Chávez
foi avançando no seu propósito de eternizar - se no seu País, e como bom
megalomaníaco, sonhava em postar - se como um ídolo sobre a America
Latina.
E
conseguiu, em parte.
E
legou em vida uma lição para uma série de tiranetes que fulguram no horizonte.
Como subjugar incautos, aliciar idiotas e subornar
vagabundos.
Assim,
Chávez com demagogia, e às vezes com ferro e com fogo, foi se adonando do
executivo, do legislativo e do judiciário.
Promoveu
a estatização, que como qualquer energúmeno sabe, é decretar a falência da
instituição estatizada, mas que dá ao mandatário um cacife considerável, pois
seus cargos e verbas serão disputados à tapa, mesmo por eventuais adversários
políticos, que recebendo o presente, passam a jurar fidelidade canina para o seu
benfeitor.
Quanto
à imprensa, a estratégia é obstar os opositores, torná - los falidos, cortar
verbas, retirá - los das disputas por recursos governamentais, que em geral são
estupendos, pois a turma de tiranetes não abre mão de propagandear - se e a
decretar os seus feitos em altos brados. Em geral, puras quimeras anunciadas em
concorridos palanques.
Lá
como aqui, não devemos esquecer a cooptação ou o sepulcral silêncio da Forças
Armadas.
Ao
concluirmos este breve “necrológico”, temos que admitir que na Venezuela e por
vários outros países, abundam sociedades que nasceram para a vassalagem e não
para a cidadania.
Como
fiel depositário do legado de Chávez, e real súdito do atual desgoverno, a
Bandeira Nacional aqui da caverna está a meio - pau há muito tempo, uns vinte
anos.
10 de março de 2013
10 de março de 2013
Valmir Fonseca Azevedo Pereira, Presidente do Ternuma, é
General de Brigada Reformado.
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