Não bastasse o susto causado pela renúncia do papa, coisa que não acontecia há mais de 500 anos, chegou também a notícia da morte do ditador Hugo Chávez, da Venezuela.
Desse assunto, pouco se pode saber, uma vez que Sua Excelência morreu em segredo de Estado.
Muita gente acha que ele morreu durante sua permanência em Cuba, e, de fato, há algo estranho, pois, no lugar de uma junta médica, como seria natural, a notícia foi dada por um militar, segundo o qual as últimas palavras do presidente foram “não me deixem morrer”.
De acordo com as primeiras notícias, Chávez teria falecido em razão de um ataque cardíaco fulminante, mas, agora, fala-se que médicos e comandantes militares teriam se reunido e autorizado o desligamento dos aparelhos que o mantinham vivo, por razões humanitárias. Mas, se ele respirava mecanicamente, havia passado por uma traqueostomia e, assim, não poderia ter falado nada.
O governante que o sucede anunciou, comovido, que o corpo do ex-presidente será embalsamado para a posteridade. Portanto, o senhor Chávez fará companhia aos mumificados Lênin, líder da revolução russa; Ho Chi Minh, revolucionário vietnamita; Mao Tse-Tung, líder comunista chinês, e Kim Jong-il, presidente eterno da Coreia do Norte. Essa coisa, ou mania, do tempo dos faraós egípcios parece que está voltando.
Não sei por onde andará a múmia do faraó Ramsés II, simbolizado nas pirâmides do Egito, que teve uma vida de opulência, oito esposas e mais de uma centena de amantes. Se pegar essa moda de mumificar gente que pensava ser um deus, colecionava amantes e achava que podia fazer a água correr morro acima e fogo descer morro abaixo, eu conheço um aspirante, babalorixá de nove dedos, que se prepara para subir aos céus no terceiro mandato, quando ressurgirá dos mortos. Mais uma vez, clamo a Deus: Senhor, tem piedade de nós e “despetifica” o Brasil.
Era minha intenção escrever sobre alguns casos escabrosos da Petrobras, como a negociata que foi a compra de 50% da Pasadena Refining System, por US$ 360 milhões, do grupo belga Astra Oil, e poderá dar um prejuízo de quase US$1 bilhão à nossa empresa. Acabei por mudar de rumo, falando desses acontecimentos esquisitos do nosso cotidiano. Mas voltarei ao assunto.
(transcrito do jornal O Tempo)
17 de março de 2013
Sylo Costa
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