Ontem na Globo News tivemos a
oportunidade de presenciar um belíssimo espetáculo. Estavam presentes Leonardo
Boff, o jornalista Arias e o Pe. José Eduardo. O tema era, obviamente, a eleição
do Papa Francisco. A discussão desde o início já parecia que prometia. Foi, de
fato, uma oportunidade única para ver o discurso superado da década de 70 ser
refutado com maestria e realismo pelo sacerdote presente.
Vale destacar, desde já, que o
modelo de Igreja defendido por Boff e Arias se mostrou completamente ineficaz.
Em todos os locais onde foi implementado, em dioceses, paróquias, congregação,
pastoral da juventude etc, o resultado foi o esvaziamento da comunidade na mesma
proporção em que se politizava a fé. De fato, em tais ambientes só restam
fósseis vivos que ainda acreditam que só por esse caminho a "renovação" é
possível. Desde já fica a perplexidade diante da constatação da realidade. Onde
a semente da teologia da libertação foi plantada hoje só existe deserto.
Arias, que se destacou pela
capacidade de pensar sem a lógica, defendeu uma Igreja transformada em
assembléia de condomínio, com a participação de todos os fiéis das mais variadas
crenças.
É interessante perceber como na mente dos teólogos liberais apenas o catolicismo tem a obrigação de se desconstruir. Muçulmanos, budistas, judeus etc mantém íntegro o seu corpo doutrinal enquanto se cobra da Igreja a prostituição da sua doutrina. Nem há, tampouco, um intuito apostólico, o que tornaria esse intento "menos indigno". O que é pretendido é meramente uma horizontalização das realidades sobrenaturais. Em tal cenário a Igreja seria reduzida em uma religião universal desprovida de identidade, culto, ordem e fé.
É interessante perceber como na mente dos teólogos liberais apenas o catolicismo tem a obrigação de se desconstruir. Muçulmanos, budistas, judeus etc mantém íntegro o seu corpo doutrinal enquanto se cobra da Igreja a prostituição da sua doutrina. Nem há, tampouco, um intuito apostólico, o que tornaria esse intento "menos indigno". O que é pretendido é meramente uma horizontalização das realidades sobrenaturais. Em tal cenário a Igreja seria reduzida em uma religião universal desprovida de identidade, culto, ordem e fé.
Leonardo Boff, quase que em um
ato desespero, afirmou que a tradução de "Dictatus Papae", um documento medieval
que pontua sobre a autoridade papal, é "Ditadura do Papa".
Não sei se por falta de caráter ou ignorância do ex-frade, mas até mesmo uma rápida busca no Google o ajudaria a descobrir que na verdade "Dictatus" não é ditadura, mas, isto sim, "Decretos". Não satisfeito com a desonestidade, continuou despejando o seu projeto de renovação da Igreja. A realidade grita! Se este modelo foi incapaz de manter jovem as pequenas - e alguns nem tão pequenas assim - comunidades eclesiais quanto mais seria eficiente diante da imensidão que é a Igreja em seu vasto tamanho universal.
Não sei se por falta de caráter ou ignorância do ex-frade, mas até mesmo uma rápida busca no Google o ajudaria a descobrir que na verdade "Dictatus" não é ditadura, mas, isto sim, "Decretos". Não satisfeito com a desonestidade, continuou despejando o seu projeto de renovação da Igreja. A realidade grita! Se este modelo foi incapaz de manter jovem as pequenas - e alguns nem tão pequenas assim - comunidades eclesiais quanto mais seria eficiente diante da imensidão que é a Igreja em seu vasto tamanho universal.
O que fica dessa discussão é
perceber como funciona a mente ideológica dos nossos fósseis vivos. Eles sequer
se esforçam para invalidar a capacidade da fé e da piedade de atraírem os
jovens. Até mesmo se dissessem que a multidão que se reúne na Jornada Mundial da
Juventude sofre de histeria coletiva seria mais digno do que simplesmente fingir
que inexiste sim uma Igreja renovada.
Insistem, portanto, em um método que só deixou escombros e destruição. Como responder ao dado apontado pela pesquisa vocacional encomendada pela Conferência Episcopal Americana? Esta afirma que as congregações/ordens com mais vocações e com as menores faixas etárias são as mais ortodoxas, enquanto as congregações/ordens com menos vocações e com as maiores faixas etárias são as mais liberais. Onde se encontra a renovação?
Insistem, portanto, em um método que só deixou escombros e destruição. Como responder ao dado apontado pela pesquisa vocacional encomendada pela Conferência Episcopal Americana? Esta afirma que as congregações/ordens com mais vocações e com as menores faixas etárias são as mais ortodoxas, enquanto as congregações/ordens com menos vocações e com as maiores faixas etárias são as mais liberais. Onde se encontra a renovação?
A
Igreja Católica "renovada" que eles defendem seria como a cópia daquilo que
fizera a igreja anglicana. Entretanto, esta última, já institucionalmente
descentralizada e devotamente seguidora das demandas liberais, sofre com uma
crise profundíssima pela falta de fiéis.
Se a fórmula mágica de Boff gozasse de realismo seria o anglicanismo/episcopalismo um fenômeno contemporâneo da fé e não na fracassada igreja que se tornou.
Se a fórmula mágica de Boff gozasse de realismo seria o anglicanismo/episcopalismo um fenômeno contemporâneo da fé e não na fracassada igreja que se tornou.
A melhor resposta para o
apocalipse liberal de Boff e Arias não está nas fantásticas intervenções do Pe.
José Eduardo, mas, outrossim, na enorme quantidade de moças que ingressam nos
claustros, nos rapazes que lotam os noviciados e seminários das mais sérias
congregações e dioceses, na capacidade da RCC de congregar a juventude, na
efervescência de novos movimentos como Comunhão e Libertação, Focolares, Regnum
Christi, no mar de jovens que se reúnem na JMJ.
Eu conheço sim uma Igreja renovada, aberta e fiel, apaixonada por Jesus Cristo e feliz por ser católica. Boff e Arias precisam sair de suas paróquias frequentadas por comunistas octogenários e perceber aquilo que é a mais pura e cristalina realidade: vocês são como a árvore que não produziu frutos.
Eu conheço sim uma Igreja renovada, aberta e fiel, apaixonada por Jesus Cristo e feliz por ser católica. Boff e Arias precisam sair de suas paróquias frequentadas por comunistas octogenários e perceber aquilo que é a mais pura e cristalina realidade: vocês são como a árvore que não produziu frutos.
17 de março de 2013
in acarajé conservador
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