"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 27 de maio de 2013

ARMAÇÃO COM O BOLSA-VOTO


 
 
É quase certo que nunca saberemos por que, de verdade, a CAIXA fez depósitos antecipados nas contas do Bolsa Família. Mas já vimos gente reclamando que o dinheiro  que recebe do Bolsa Família há oito anos não dá "nem para comprar uma calça, que custa mais de R$ 300,00 (em um dos videos mais acessados na Rede com mais de 2 milhões de visualizações) e gente que, conforme reportagem de jornal, foi depositar dinheiro na poupança e descobriu então ter recebido dois meses do benefício, em vez de um.
Há pessoas"penduradas"no programa há mais de oito anos. Há pessoas que têm renda para viver e ainda depositar um saldo na poupança recebendo Bolsa Família. Isto está documentado em vídeo e reportagem. É uma afronta, um desaforo, um crime. Basta não ter registro em carteira, para conseguir o benefício? Assim é fácil! Como ninguém confere as reais condições de vida daquelas pessoas, a distribuição de dinheiro virou festa. Foi chocante e revoltante saber disso.
É preocupante, também. Mostra total irresponsabilidade, absoluto descaso, se não coisa pior, com o dinheiro público. Há hospitais fechando por falta de dinheiro. Faltam creches públicas. Este dinheiro, que vai para a compra de calças de R$ 300,00 e contas poupança, deveria estar sendo empregado com o que é necessário para minorar o sofrimento das pessoas.
Se este fosse um País um pouco sério, cabeças rolariam e o Ministério Público entraria no caso com força total. Mas sabemos que não vai acontecer. É triste, mas é assim que as coisas são por aqui.

27 de maio de 2013
Maria Cristina Rocha Azevedo é cidadã em Florianópolis.

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