Dois fatos interessantes, noticiados pela mídia, fizeram valer o dia 20 de maio.
O primeiro deles foi ouvir o Ministro Joaquim Barbosa dizer, com todas as letras, com a veemência e com a precisão que lhe é peculiar, em palestra a universitários, que os congressistas brasileiros - e aí vale generalizar, os políticos brasileiros, em sua maioria demagogos de "esquerda" - não têm outra ideologia que o "poder" e o buscam apenas por ele próprio, ou seja, não se submetem a qualquer estrutura programática que não seja a conquista do poder ou a acomodação à sua sombra para dele tirar proveito, apenas e unicamente, para si próprios.
O Ministro não se deteve na exposição do problema, mas apresentou a solução, qual seja, o sistema distrital de votação que permitiria ao eleitorado acompanhar e "cobrar" dos eleitos o cumprimento de suas propostas, o que, sem dúvida deve ser um pesadelo para a massa de incompetentes que chega ao Parlamento na esteira dos mais votados sem propostas ou comprometimento com os verdadeiros interesses da Nação.
É a ideologia da demagogia, da enganação, das "comissões" da lavagem cerebral, da compra de almas, das negociatas e mesadas por votos, das esmolas, dos programas maquiados de "obras públicas" superfaturadas - aí incluídos estádios de futebol e "transposições" de águas - e um sem número de outras mazelas e desrespeitos à dignidade, à inteligência e à honestidade que esta a contaminar a consciência e a esperança da chamada sociedade civil!
Resumindo, quem não está mamando nas tetas do poder está na expectativa de fazê-lo.
E, aqui, eu repito: "Só o caos nos salvará". E ele chegará!
O segundo fato foi o estouro da boiada a partir do curral eleitoral chamado "bolsa família" - ou "esmola" - em direção aos bancos e agências pagadoras do "benefício", devido a um "boato falso" (segundo a fala da Comandanta Dilma - se é falsa a notícia falsa, esta deve ser verdadeira), de que o artifício eleitoreiro seria suspenso pelo governo.
A lógica do "boato falso" está relacionada à nossa não tão lógica estabilidade econômica, levando-me a crer que sua origem esteja no próprio governo, talvez por sugestão de algum economista mais comprometido com a verdade do que com a próxima eleição, já que a insustentabilidade do programa é uma evidência apontada pela própria "metamorfose ambulante" em sua campanha eleitoral contra José Serra.
O dinheiro está rareando - é o sintoma do caos e a predição lembrada, com propriedade, pela Sra. Margaret Thatcher ao referir-se ao socialismo, bandeira sob a qual o corruPTo está em busca do poder totalitário.
Como efeito colateral deste segundo fato, tivemos a manifestação intempestiva da Sra. Ministra Do Rosário que, perdendo a compostura, responsabilizou a oposição (como se ela existisse) pelo vazamento do "boato falso", mas, acometida pela prudência, já que o tiro pode sair pela culatra e, quem sabe, em direção à sua própria culatra, caso a PF, trabalhando bem, encontre o furo em alguma reunião da área econômica do governo, se desdisse rapidamente, pela mesma rede em que se manifestara..
A confiança no "programa" foi abalada - onde há fumaça há fogo - o dinheiro dos outros está acabando!
A soma das duas notícias faz do dia 20 de maio um grande dia para a lógica e para a verdade.
27 de maio de 2013
Paulo Chagas é General de Divisão na Reserva.
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