Condenado no julgamento do mensalão, José Dirceu movimenta-se com desenvoltura em Brasília e diversifica as parcerias |
A reportagem-bomba da revista Veja deste final de semana revela os dois maiores lobbistas do Brasil: o mensaleiro José Dirceu e a ex-ministra da Dilma, a “poderosa” Erenice Guerra, que agora atuam numa espécie de “parceria” em Brasília.
Eis aí mais uma reportagem exclusiva da revista Veja enfocando um assunto proavelmente vetado pela chefia do marketing eleitoral da Dilma, conduzido pelo João Santana, o ministro sem pasta.
Pelo que consta, os chefetes de reportagem dos jornais são obrigados submeter as pautas ao marketeiro baiano e só é publicado o que é de interesse da campanha eleitoral da Dilma. Isso pode ser comprovado pelo noticiário anódino e trivial dos jornalões e das grandes redes de televisão recheado de abobrinhas.
No site da Veja há um aperitivo da reportagem-bomba desta semana:
Até junho de 2005, quando chefiava a Casa Civil da Presidência da República, o então ministro José Dirceu centralizava praticamente todas as ações do governo. Poderoso, nada acontecia em Brasília sem antes passar pelo seu gabinete.
Flagrado no comando do mensalão, o maior esquema de corrupção política da história, ele deixou o governo, abriu um escritório de advocacia, arregimentou clientes na iniciativa privada e ganhou muito dinheiro vendendo uma mercadoria das mais valorizadas na praça: a influência no poder.
A ex-ministra Erenice Guerra chefiou a mesma Casa Civil até setembro de 2010. Pilhada no comando de um esquema familiar que assessorava clandestinamente empresas privadas interessadas em fazer negócios com o governo, ela foi demitida. Assim como Dirceu, montou um escritório de advocacia, reuniu uma carteira de clientes na iniciativa privada e também lucra oferecendo acesso ao poder.
A novidade é que os dois ex-ministros agora estão operando juntos. Montaram em Brasília uma joint venture do lobby - uma parceria que atende empresas e empresários interessados nos mais variados negócios com o governo.
27 de maio de 2013
in ricardo noblat
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