"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 19 de junho de 2013

"O BRASIL NOS PEDIU PARA SEDIAR COPA DO MUNDO. NÓS NÃO IMPUSEMOS" - DIZ BALTTER

Joseph Blatter diz que manifestações não vão afetar os eventos no país
 
 
Presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter Foto: AP
Presidente da Fifa, o suíço Joseph BlatterAP

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, disse nesta terça-feira, no Rio, confiar que as manifestações e protestos violentos que acontecem em cidades brasileiras não vão atingir o interior dos estádios da Copa das Confederações. E esclareceu que a Fifa não impôs ao Brasil organizar a Copa do Mundo.
— Temos uma competição muito boa e estou seguro de que as manifestações vão se acalmar. O Brasil é um país que preza pela liberdade. Eu posso entender que as pessoas não estão felizes. Mas o futebol está aqui para unir as pessoas. O futebol está aqui para construir pontes, para trazer emoções, para trazer esperança. O Brasil nos pediu para sediar a Copa do Mundo. Nós não impusemos a Copa do Mundo ao Brasil. É evidente que foi preciso construir estádios, que não são a única coisa de uma Copa do Mundo: há estradas, hotéis, aeroportos e muita coisa que são itens que ficam como legado — afirmou o dirigente.
 
Blatter também afirmou que jantou nesta segunda com o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e discutiu o tema dos protestos violentos.
 
— Conversamos, é claro. É um assunto do governo do Brasil e dos governos das regiões. Cabe a eles resolver. A única coisa que a Fifa pode fazer é oferecer um maravilhoso futebol em belos estádios para divertir as pessoas. O ministro me disse que o Governo está a par de tudo. Mas eu não sei o que o Governo está fazendo. Mas confio que as manifestações não vão atingir a Copa das Confederações — acrescentou o dirigente suíço.

19 de junho de 2013
Jorge Luiz Rodrigues - O Globo

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