"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 19 de junho de 2013

LÁ DAS BANDAS DO SANATÓRIO

Reaberto o rendez-vous de Rosemary
Pois não é que Dilma Vana já está pensando seriamente se estava certa quando mandou fechar o rendez-vous de Rosemary que Lula montou em São Paulo como se fosse um escritório avançado da Presidência da República?!?

Hoje, prensada pela verdadeira voz rouca das ruas, ela se reuniu - como se não tivesse expediente em Brasília - com o presidente genérico do país, Lula da Silva, a quem foi pedir a benção e os melhores conselhos para sair dessa camisa de onze varas em que está metida.

E nessa reinauguração do governo Série-B de Dilma na capital dos paulistas estavam também o marqueteiro João Santana - que ganha pouco dinheiro construindo a imagem do poder, o ministro da Educação(!?) Aloízio Mercadante que entende pra burro de Enem e o presidente visual do PT, Rui Falcão, aquele que quer a censura da imprensa.

A ideia é traçar a estratégia para "gerenciar a crise" que essa gurizada medonha que ontem passeou no teto do Congresso Nacional está enfiando nas mais ilustres goelas republicanas abaixo.

A sede provisória da nova versão do rendez-vous de Rose é num hotel de São Paulo. Não se tem notícia de quem estaria atendendo o telefone e secretariando os trabalhos.

O grande problema já foi exposto pelo mala-preta de Santo André, o hoje olheiro de Lula no Palácio do Planalto: o movimento não tem um grupo delíderes com que "negociar". Quer dizer o esquema do mensalão está fora de cogitações. Não há mais dinheiro nas burras públicas para comprar o resto Brasil, constituído por cidadãos de bem, homens de boa vontade, incorruptíveis e brasileiros de verdade.
 

Dilma merece o governo que tem

O Mala-Preta de Santo André é mesmo uma afronta à inteligência de qualquer brasileiro. Nem precisa que alguém seja manifestante de rua para se sentir ofendido por Gilberto Carvalho, oolheiro de Lula na Presidência da República.

Tentando livrar a cara de sua chefe ele falou ontem à imprensa sobre a mobilização que tomou conta do país: "É preciso ver se as prioridades estão adequadas". E foi adiante: "a presidenta Dilma é de abertura e pretende fazer um diagnóstico, o mais claro possível, da situação antes de definiti as medidas que o governo deverá adotar.

Ora, só ele não sabe que as primeiras medias seriam botar no olho da rua não só os ministros que ela colocou no lugar daquela meia dúzia que ela teve que varrer da Esplanada sob acusação de roubo, suborno, corrupção, desvio de verba, tráfico de influência, formação de quadrilha e malfeitos à granel e depois fazer a devida faxina no seu Ministério, mandando passear na praça enquanto o lobo não vem, todo santo ministro que até hoje não sabe de nada e nem fez nada. Nenhum deles precisa ser substituído.

Se Dilma fechar as portas de pelo menos 30 dos 39 ministérios inúteis que tem no seu governo, ninguém notaria falta nem diferença alguma.

E sabe lá você que medida Dilma Vana adotou? Foi consultar o seu guru de cabeceira, Lula da Silva para saber o que fazer com a voz rouca das ruas. Ela merece ter o ministério e o governo que tem.
 

Governo atônito

Atônito, Gilberto Carvalho, o olheiro de Lula na Secretaria Geral da Presidência, admitiu nesta terça-feira que o governo ainda não conseguiu entender as razões das sucessivas manifestações pelo país. Alega que ela têm "um novo formato, diferente dos tradicionais protestos do passado - em que havia carros de sons e lideranças identificadas para negociações".

Quer dizer, esse governo é burro mesmo. Gilberto Carvalho só deve saber mesmo que é muito mais fácil "negociar" com "lideranças identificadas".

Assim, como a mobilização nacional se mostra hoje, o governo não tem de onde tirar tanto dinheiro dos cofres públicos que já estão no fundo do tacho, para "negociar" acordos com milhares de manifestantes.

Bom de verdade é negociar apenas com os espertos e "identificados" puladores de muros e arrombadores de portões de fábricas dos velhos tempos dos arruaceiros profissionais. Assim, do jeito que está, com ninguém querendo dinheiro nem cargo público, o governo fica de mãos atadas porque não tem mais nada para oferecer e nem sabe sequer para quem oferecer.

O que os manifestantes querem é serviços públicos essenciais de volta pelo que o povo está pagando de impostos: saúde, educação, segurança, transporte, igualdade e justiça social. Isso o governo não tem para oferecer. Há 13 anos que o governo só faz saber; não sabe fazer.
 
19 de junho de 2013
sanatório da notícia

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