Os partidos políticos brasileiros são disformes, inconvenientemente numerosos , não possuem doutrinas programáticas nem são polos representativos de ideias e objetivos, requisitos essenciais para o desenvolvimento político e democrático de um povo.
O processo eleitoral é dirigido às figuras dos candidatos, descoladas dos partidos, como o provam as constantes migrações e infidelidades, turbinadas por interesses pontuais e individuais.
Constituem eles, portanto, meras siglas de chancela, muitas vezes propriedades de um cacique que as cria para, tão somente, facilitar o acesso ao poder.
Já houve tempo que se acreditava ser o PT o único partido real a atuar no panorama político brasileiro, crença desfeita desde que assumiu as rédeas do país através de seu representante mais icônico, um ex-operário, sucedido por uma ex-participante de ações revolucionárias que visavam à derrubada do governo estabelecido.
Constatou-se desde então, porém, que se tratava de mais uma sigla vazia e que, pior, ao ser consagrado pelo voto, criou o maior esquema de corrupção de todos os tempos, com o propósito de sequestrar o estado brasileiro.
É um quadro lamentável cuja gravidade a população não parece entender e, aparentemente, se diverte com a sopa de letrinhas em que se transformou a matriz partidária da república.
E a reforma política, esperança de modificação deste melancólico panorama, quando começará pelo menos a ser debatida?
13 de junho de 2013
Paulo Roberto Gotaç é Capitão-de-Mar-e-Guerra reformado.
Paulo Roberto Gotaç é Capitão-de-Mar-e-Guerra reformado.
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