Leio, em matéria da agência Reuters, que a presidente Dilma Rousseff foi à reunião do decadente MERCOSUL não para discutir problemas econômicos, como se poderia esperar de um bloco comercial, mas para fazer proselitismo anti-americanista e concitar os países membros a “preservarem sua ‘soberania’ e ‘privacidade’ e adotarem ‘medidas cabíveis’ para que não se repitam episódios de espionagem como os recentemente ‘denunciados’. Com isso a nossa impoluta e desorientada mandatária transforma, de um só golpe, o bloco comercial sul americano em mera sucursal do Foro de São Paulo.
Parece que, com isso, o MERCOSUL se caracteriza por ser mais um bloco político com indisfarçável prioridade de ação contra os EUA do que um bloco que se proponha a estabelecer um “livre comércio” entre seus membros, o que de fato nunca aconteceu e não parece ser a intenção do mesmo, senão a de assegurar um “livre protecionismo” de uns contra os demais. Daí a decadência do conglomerado.
A nossa presidente não tem a mais rudimentar noção disto e continua a gastar recursos do erário em atividades improdutivas e contra o interesse real do país apenas por motivos ideológicos.
O PT fala em soberania apenas quando isso lhe aprouver, mas esquece completamente desse conceito quando, justamente, sacrifica de fato a soberania do país, como no caso da criação da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. Imagino o ridículo que é atribuído no exterior aos nossos governantes.
Ora, desde que o mundo é mundo, a espionagem tem sido uma atividade de todos os países e, nesse assunto (como na maioria dos demais) mais faz quem mais pode. Isso seria terrível para os brasileiros se tal ação fosse desempenhada por países com culturas não só muito diferentes da nossa como até antagônicas, como Irã, China, Coreia do Norte, e pouquíssimos outros, graças a Deus.
Todo mundo sabe, e só os cretinos discordam, que os EUA são, e serão sempre (?), o nosso último arrimo em caso de agressão externa, pois, nós mesmos não temos forças armadas capazes de fazer frente a muitos de nossos vizinhos. Quase todos os países da região, em face de sua atitude anti-americanista, hoje, se veem isolados da alta espionagem mundial, que ocorre entre as principais potências do mundo. O que se passa na América latina tem baixa prioridade e relevância.
Agora vem um dedo-duro, chamado Edward Snowden, a gritar para o mundo o que o mundo está careca de saber com relação às atividades da CIA e da NSA, abaixo do equador e alhures. E a nossa imprensa domada, tendo a locomotiva da ‘Globo’ a puxar o comboio, vêm “revelar” todos esses fatos. Ora, revelar a quem? Só se for aos beneficiários do ‘bolsa-família’, mesmo assim, algo dubitável, tendo em vista que a maioria não lê jornal, mas apenas o usa para fins ‘higiênicos’.
De há muito me acostumei a tomar conhecimento de coisas relevantes sobre o Brasil e os países da América latina lendo mais a mídia internacional do que a local e, felizmente, por enquanto ainda tenho acesso pela Internet, uma invenção que, como a maioria das outras, devemos aos norte-americanos.
O Brasil, através da camarilha petista instalada pela cegueira eleitoral crônica do brasileiro, vem cutucando, de forma irresponsável, a onça com vara curta. Os americanos têm demonstrado uma enorme paciência conosco, coisa que, a qualquer momento pode terminar.
Talvez o ideal de Dilma seja que Washington nos trate como trata Cuba. Nesse caso, quero ver o que o MERCOSUL poderá fazer. Uma dessas abertas provocações, é justamente as medidas que Brasília tem tomado com relação à ilha-cárcere dos Castros para “minimizar” o bloqueio econômico da ilha comunista.
16 de julho de 2013
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