Entrevistados: Florentino Cardoso, presidente da Associação Médica Brasileira, e Denise Steiner, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia
O problema do Brasil não é a quantidade de médicos, mas a má distribuição geográfica dos profissionais, que preferem as capitais e grandes cidades a municípios menores que, além de desprovidos da infraestrutura adequada para o trabalho, carecem de saneamento básico, boas escolas e, eventualmente, acesso à internet. Essa é a radiografia resumida da situação da saúde pública no país feita por Florentino Cardoso, presidente da Associação Médica Brasileira, e Denise Steiner, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
“Temos 400 mil médicos e cerca de 200 escolas de medicina”, constata Cardoso. “Só perdemos para a Índia em número de faculdades”.
Para os dois líderes da categoria, a importação de médicos estrangeiros sempre será bem-vinda, desde que todos passem pelo crivo do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida). “Países como Bolívia e Cuba têm escolas de péssima qualidade”, afirma Cardoso.
“O real interesse do governo em trazer médicos cubanos é repatriar brasileiros financiados por partidos políticos que foram estudar em Cuba”.
Denise avisa que as consequências podem ser desastrosas. E adverte: “O que está em jogo é a saúde da população”.
06 de agosto de 2013
Augusto Nunes
Nenhum comentário:
Postar um comentário