"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 6 de agosto de 2013

"O INTERESSE DO GOVERNO EM TRAZER MÉDICOS CUBANOS É REPATRIAR BRASILEIROS FINANCIADOS POR PATIDOS QUE FORAM ESTUDAR EM CUBA"

Entrevistados: Florentino Cardoso, presidente da Associação Médica Brasileira, e Denise Steiner, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia


O problema do Brasil não é a quantidade de médicos, mas a má distribuição geográfica dos profissionais, que preferem as capitais e grandes cidades a municípios menores que, além de desprovidos da infraestrutura adequada para o trabalho, carecem de saneamento básico, boas escolas e, eventualmente, acesso à internet. Essa é a radiografia resumida da situação da saúde pública no país feita por Florentino Cardoso, presidente da Associação Médica Brasileira, e Denise Steiner, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

“Temos 400 mil médicos e cerca de 200 escolas de medicina”, constata Cardoso. “Só perdemos para a Índia em número de faculdades”.

Para os dois líderes da categoria, a importação de médicos estrangeiros sempre será bem-vinda, desde que todos passem pelo crivo do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida). “Países como Bolívia e Cuba têm escolas de péssima qualidade”, afirma Cardoso.
“O real interesse do governo em trazer médicos cubanos é repatriar brasileiros financiados por partidos políticos que foram estudar em Cuba”.
Denise avisa que as consequências podem ser desastrosas. E adverte: “O que está em jogo é a saúde da população”.

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