Poderão estranhar o título mas, é o título que o Giulio colocou no seu livro inédito, claro que não em inglês (invenção minha), e que ainda não foi publicado.
Será a homenagem que eu presto a ele, e não imagino outra melhor, fazendo nascer para o público mais uma obra dele.
Este é o intróito do prólogo (esquisito!) mas o intróito é meu. Ele não me pediu, resolvi fazer assim mesmo e se não gostar, uma palavrinha de consolo para ele: Foda-se!
É mais uma dedicatória, outra coisa esquisita, porque dedicatória quem faz é o autor.
Mas para isso, eu precisaria ir a uma reunião espírita, receber uma comunicação pós-vida e isso é uma coisa que ele não acreditava, com bom ateu que era.
E bota ateu nisso. Um cara que chamava o Ser Supremo de Zé Maria Lá de Cima. E não era nenhuma heresia.
No fundo, no fundo, ele cria e respeitava alguma coisa, mas sairia na porrada se alguém se atrevesse a dizer isso para ele. Só aceitava de mim, eu que dizia que a avó dele o estaria esperando no inferno de gadanho em punho.
E ria-se desbragadamente, ao ponto de sua mulher dizer que éramos loucos, pois não compreendia como em uma reunião de pauta se poderia fazer tanto riso, e não acreditava que era reunião de trabalho.
Trata-se de uma coletânea de contos mas, encadeados. Nunca admitiu que seria uma biografia. E, como seu amigo, eu acreditava. O título deveria ser “Porque Perrota tornou-se Oliveira – Uma odisséia de um homem comum“.
Mas ele não poderia deixar de fazer uma presepada. Esse era o Giulio. E já tenho muitas saudades dessas presepadas.
Amanhã publicarei o prólogo.
(*) Peidar no mundo
06 de agosto de 2013
Magu
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