Em sua obra mais famosa, "O Príncipe", Nicolau Maquiavel deixa claro que o mal deve ser feito de uma única vez, e o bem deve ser feito aos poucos. Afinal, a população teria memória curta, se esquecendo rapidamente do mal realizado, mas lembrando do bem que continuaria sendo feito (em doses pequenas e contínuas).
Apesar do conceito acima ser amplamente difundido, ele está nitidamente errado. O mal NUNCA é feito de uma única vez. Pelo contrário, o mal SEMPRE é feito aos poucos. Nenhuma mulher se casaria com um homem que, na primeira briga, a espancasse até quase matá-la. Nenhum eleitor votaria num político que prometesse torná-lo escravo. Nenhuma vítima deixaria de oferecer resistência a um bandido se soubesse que ele pretende matá-la. No mundo real, as agressões vão subindo de intensidade gradativamente.
Se em 2003 Lula tivesse abandonado o regime de metas de inflação, abandonado a austeridade fiscal, e instaurado a comissão da verdade, é pouquíssimo provável que ele teria escapado ileso ao escândalo do mensalão. O mal sempre é feito em pequenas doses, para que a população vá, gradativamente, se acostumando a nova situação.
A situação do Brasil hoje reflete muito nossa acomodação frente à atos bárbaros que teriam nos chocado há 15 ou 20 anos atrás. A destruição de nosso modo de vida nunca é feita de uma única vez, é feita aos poucos. Se Hitler tivesse começado o extermínio de judeus em 1933, ele nunca teria conseguido ir tão longe. Mas em 1933 Hitler exigiu "apenas" que os judeus fossem claramente identificados. Em 1934, criou algumas proibições extras para judeus. Em 1935 outras restrições. Nesse ritmo lento, Hitler quase exterminou uma população inteira.
Hoje nosso modo de vida, nossos direitos, estão minados numa amplitude que nunca teríamos aceitado 30 anos atrás. Estamos sendo cozinhados em "banho maria". Nossa liberdade está cada vez mais em risco. A liberdade de imprensa já está sob ataque. A propriedade privada agora precisa cumprir uma "função social". Definição essa tão ampla que pode englobar absolutamente qualquer coisa. Já passou da hora de darmos um basta nos inimigos da sociedade aberta.
Apesar do conceito acima ser amplamente difundido, ele está nitidamente errado. O mal NUNCA é feito de uma única vez. Pelo contrário, o mal SEMPRE é feito aos poucos. Nenhuma mulher se casaria com um homem que, na primeira briga, a espancasse até quase matá-la. Nenhum eleitor votaria num político que prometesse torná-lo escravo. Nenhuma vítima deixaria de oferecer resistência a um bandido se soubesse que ele pretende matá-la. No mundo real, as agressões vão subindo de intensidade gradativamente.
Se em 2003 Lula tivesse abandonado o regime de metas de inflação, abandonado a austeridade fiscal, e instaurado a comissão da verdade, é pouquíssimo provável que ele teria escapado ileso ao escândalo do mensalão. O mal sempre é feito em pequenas doses, para que a população vá, gradativamente, se acostumando a nova situação.
A situação do Brasil hoje reflete muito nossa acomodação frente à atos bárbaros que teriam nos chocado há 15 ou 20 anos atrás. A destruição de nosso modo de vida nunca é feita de uma única vez, é feita aos poucos. Se Hitler tivesse começado o extermínio de judeus em 1933, ele nunca teria conseguido ir tão longe. Mas em 1933 Hitler exigiu "apenas" que os judeus fossem claramente identificados. Em 1934, criou algumas proibições extras para judeus. Em 1935 outras restrições. Nesse ritmo lento, Hitler quase exterminou uma população inteira.
Hoje nosso modo de vida, nossos direitos, estão minados numa amplitude que nunca teríamos aceitado 30 anos atrás. Estamos sendo cozinhados em "banho maria". Nossa liberdade está cada vez mais em risco. A liberdade de imprensa já está sob ataque. A propriedade privada agora precisa cumprir uma "função social". Definição essa tão ampla que pode englobar absolutamente qualquer coisa. Já passou da hora de darmos um basta nos inimigos da sociedade aberta.
15 de maio de 2013
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