A economia da Itália encolheu mais que o esperado no primeiro trimestre, ampliando a recessão do país para sete trimestres consecutivos e fazendo dela a mais longa desde que os registros trimestrais começaram em 1970
A economia da Itália encolheu mais que o esperado no primeiro trimestre, ampliando a recessão do país para sete trimestres consecutivos e fazendo dela a mais longa desde que os registros trimestrais começaram em 1970.
O Produto Interno Bruto (PIB) recuou 0,5 por cento, após contração de 0,9 por cento no quarto trimestre do ano passado, e contraiu 2,3 por cento na comparação anual, informou o instituto nacional de estatísticas ISTAT nesta quarta-feira.
"Isso é pior que o esperado e não oferece sinais de um fim para a recessão", disse Giada Giani do Citigroup, que estima que o segundo trimestre terá outra contração de mesma amplitude.
Pesquisa Reuters com analistas tinha apontado para contração no primeiro trimestre de 0,3 por cento, com queda anual de 2,2 por cento.
O novo primeiro-ministro, Enrico Letta, que assumiu o poder no mês passado, enfrenta tarefa árdua de tentar estimular a economia, enquanto mantém o controle das finanças públicas.
O Ministro do Trabalho, Enrico Giovannini, que foi presidente do ISTAT até se juntar ao governo, disse neste mês que a atual crise econômica da Itália é a pior desde a fundação da república após a Segunda Guerra Mundial.
Na semana passada, o Istat informou que a expectativa é de que o PIB diminua 1,4 por cento neste ano, após a contração de 2,4 por cento em 2012.
Indicadores apontam para outra queda do PIB entre abril e junho, embora possa ser menor do que no primeiro trimestre.
O Istat não forneceu detalhes numéricos dos componentes do PIB em sua estimativa preliminar, dizendo apenas que a atividade na indústria e em serviços teve contração, enquanto a agricultura expandiu.
15 de maio de 2013
Gavin Jones - Reuters
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